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No Acre, ex-diretor de presídio investigado pela PF troca tiros com “colega” após sumiço de celular

O ex-diretor do Presídio de Cruzeiro do Sul, o policial penal Aslan Barbosa, trocou tiros com um com Francirlei, conhecido como “Preto”, na tarde dessa terça-feira, 4. Preto foi atingido por dois disparos e está no Hospital do Juruá, onde vai passar por cirurgia. O tiro efetuado contra Aslan não acertou o policial.

Testemunhas disseram que a discussão teria começado por causa de uma mulher em um bar. No entanto, o advogado de Aslan, Levi Bezerra, conta que Aslan e Preto se conhecem há muito tempo e Aslan teria descoberto um suposto roubo de Preto na casa de sua secretária. Ele teria levado Preto de motocicleta ao local da secretária para verificar a veracidade do roubo e no confronto com a mulher Preto teria se exaltado e atirado contra Aslan, que reagiu.

“Aslan o conhece há muito tempo, mas não sabia que ele estava armado e nem que teria essa atitude”, pontuou o advogado.

Segundo Levi, Preto tem várias passagens pela polícia por roubo e ser usuário de drogas. O delegado Venicius Almeida disse que Aslan entrou em contato com ele logo depois do caso é deverá se apresentar nesta quarta-feira, 5, na Delegacia Geral de Polícia de Cruzeiro do Sul.

“Testemunhas disseram que o homem atirou primeiro e Aslan reagiu. A arma já está na delegacia. Ele alega legítima defesa e será ouvido, bem como duas testemunhas oculares do caso e a própria vítima”, relata o delegado.

Aslan foi afastado do cargo de diretor do presídio de Cruzeiro do Sul em outubro do ano passado. O nome dele teria aparecido em uma investigação das Polícias Civil e Federal e Ministério Público Estadual. A Polícia teria vídeos em que Aslan apareceria com membros de organização criminosa.

A origem da investigação a Aslan teria sido a Operação “Kaltes Blut”, desencadeada em setembro de 2021 pelas Polícias Civil e Federal contra organização criminosa de tráfico de drogas, incluindo um funcionário do Ministério Público de Cruzeiro do Sul, que foi afastado do cargo no MP.

Por sua vez, a Operação “Kaltes Blut” decorre de uma apreensão de mais de 140 quilos de pasta base de cocaína em janeiro do mesmo ano.

Levi Bezerra diz que seu cliente, Aslan Barbosa, não responde a nenhum processo neste sentido.

 

 

Por Sandra Assunção

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