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Geóloga da Petrobras chama Marina Silva de “nojenta e louca” em grupo da empresa

Um episódio de racismo contra a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, foi registrado em um grupo de Whatsapp de funcionários da Petrobras no Rio Grande do Norte.

No grupo chamado “PETROLEIROS PELA UN-RNCE”, os membros conversavam sobre uma possível liberação do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para que a Petrobras explore petróleo na Margem Equatorial que passa pela Bacia Potiguar. “UN-RNCE” é a Unidade de Negócio de Exploração e Produção do Rio Grande do Norte e Ceará (UN-RNCE).

Foi então que a geóloga Maria Cláudia Pereira de Araújo atacou Marina Silva, atribuindo a proibição da exploração a ela. 

“Tenho mais paciência com essa mulher negra no IBAMA (sic) não”, escreveu, para depois corrigir: “Aliás, MMA [Ministério do Meio Ambiente]”.

E continuou:

“Manda essa louca pro Baiden (sic) cuidar”, se referindo ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Ao menos dois participantes do grupo, com 217 pessoas, questionaram as afirmações racistas de Cláudia, ao chamar a ministra de “negra” pejorativamente. Um homem chegou a dizer que ela cometia um crime e se retirou do grupo.

“O [Gregório] Duvivier é racista? Ele nesse momento pede uma mulher negra no STF. Já eu quero a Marina Silva fora do governo Lula pra permitir a exploração da Margem Equatorial. Ela é quem está impedindo isso”, retrucou a geóloga.

Em outro momento, Maria Cláudia chama Silva de “doida varrida” e de “mulher nojenta”.

“Espero que o Lula não coloque uma dessas no STF”, atacou.

Cláudia trabalha no Edifício Sede Rio Grande do Norte (EDIRN) da Petrobras, localizado no bairro Cidade da Esperança, zona oeste de Natal. Ela é lotada na Gerência de Tecnologias de Reservatórios da área de Reservatórios da UN-RNCE.

A Agência Saiba Mais ligou para a servidora, que não atendeu a ligação. Enviamos mensagem por Whatsapp e ela respondeu minutos depois. Questionada sobre as frases contra Marina Silva, disse que acha “que não existe crime de opinião”. E também questionou: “Posso saber quem está tentando me incriminar?”.

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