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Preços de alimentos terão alta, diz ministra da Agricultura sobre impactos da Guerra

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou nesta quarta-feira que o preço dos alimentos deverão ter uma alta, mas a magnitude depende do andamento do conflito entre Ucrânia e Rússia.

O preço a gente acha que terá alta sim, quanto? A soja já subiu, já caiu um pouco, o milho já subiu, já caiu um pouco. Isso é uma commodity (produto basico com cotação internacional). A gente tem que acompanhar e diminuir os impactos que poderão ter — apontou — Isso tudo depende, se a guerra acaba hoje ou amanhã, é um impacto, se continuar por muito tempo, é outro.

Os preços dos alimentos estão subindo em todo o mundo, pois Ucrânia e Rússia são grandes fornecedores globais de grãos. Além disso, há o risco de escassez de fertilizantes pelo planeta, produto que também e forte na região. E, por último, ainda há o impacto do dólar, cuja cotaçao sobe em momentos de turbulências e incertezas. A ministra disse, contudo, que que é necessário achar alternativas para mitigar os possíveis efeitos da guerra e das sanções nos preços dos alimentos.

— A gente tem que diminuir esses impactos. É achar alternativas de ter fornecimento, abastecimento. O preço é o mercado, o trigo subiu nas alturas por quê? Porque a Ucrânia é um grande produtor de trigo, então influencia no mercado global — disse.

A ministra afirmou que a safra atual já está acontecendo, o que era necessário de fertilizante já chegou e o produtor rural já está plantando. A Rússia é um dos principais exportadores de fertilizantes para o Brasil e a Bielorússia também é um ator importante no mercado e está sob sanções do governo americano desde o ano passado.

Segundo ela, a safra de verão, que tradicionalmente começa a ser colhida no fim de setembro, é uma preocupação, mas o setor privado já sinalizou que há um estoque de fertilizantes.

— Temos do setor privado a confirmação que temos um estoque de passagem de fertilizante num volume que é suficiente para chegar em outubro — afirmou.

Tereza Cristina ressaltou que ainda há muita incerteza no mercado de fertilizantes, mas que é preciso ter planos para todas as ocasiões. Ela apontou que há um plano A de busca por outros parceiros como o Chile, no caso do potássio, e países da região do Oriente Médio, como Catar e Arábia Saudita, que têm disponibilidade de nitrogenados como a ureia.

— Nós temos algumas alternativas para essa deficiência que a gente pode vir a ter, não estou dizendo que a gente terá. Esse é o plano caso a gente tenha que não receber fertilizantes — disse ao ressaltar também que a Rússia ainda não disse que deixará de exportar.

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