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Família de estudante encontrada morta na Bolívia não aceita versão de acreana e pede investigação

A família de Mariana Sousa Bustamante, de 21 anos, encontrada morta na madrugada de segunda-feira, no pátio do prédio onde morava, em Cochabamba, na Bolívia, contratou um advogado criminalista boliviano para poder ter acesso ao inquérito policial e conseguir informações sobre a investigação da morte da brasileira. Natural de Hortolândia, a jovem cursava o 6° período do curso de Medicina, na universidade de Medicina de Cochabamba.

Segundo relatos da família, Mariana Sousa Bustamante morava em um apartamento com uma acreana e outro estudante, ambos brasileiros da mesma universidade boliviana. A mãe de Mariana, que não fala espanhol, esteve na Bolívia para tratar da transferência do corpo da filha para o Brasil, prestou depoimento no Departamento de Polícia de Cochabamba, mas não teve acesso ao Boletim de Ocorrência. No relato, Juliane Souza disse que foi informada, apenas, que se tratava de uma investigação de suspeita de homicídio.

O Ministério das Relações Exteriores brasileiro, por meio de nota, afirmou que “está em contato com familiares da nacional falecida e instruiu o Consulado-Geral do Brasil em Cochabamba a prestar a assistência cabível à família, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”.

Na noite do crime, eles teriam alegado aos familiares que a jovem teria caído do sexto andar do prédio ou tentado se matar. Assim que ambos a encontraram caída, telefonaram para os parentes da estudante no Brasil.

A mãe e o padrasto da estudante estiveram na Bolívia para saber do ocorrido e providenciar o transporte do corpo da jovem.

Para a tia materna de Mariana, Ana Francisca de Souza Silva, essa versão do crime não convenceu, pois vizinhos teriam ouvido uma discussão, com barulhos de algo quebrando.

“As pessoas que moravam com ela queriam que minha sobrinha saísse, mas ela não queria, pois tinha compromissos no dia seguinte. Então, eles, que estavam embriagados, forçaram a barra. Os dois afirmaram que saíram, voltaram pouco tempo depois e a encontraram caída. Essa versão não nos convence, pois ambos tinham hematomas no corpo”, desabafou a tia, que acredita que Mariana foi assassinada.

A família chegou a contratar um advogado criminalista boliviano, mas não conseguiu nem ter acesso à apuração da polícia. A mãe e o padrasto da estudante também não tiveram autorização para entrar no apartamento onde ela vivia.

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