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Rússia ameaça cortar gás para Europa e fala em barril de petróleo a US$ 300; preços disparam

A Rússia ameaçou cortar o fluxo de gás natural para a Europa e previu “consequências catastróficas” se os Estados Unidos e seus aliados suspenderem a compra de petróleo do país de Vladimir Putin.

A hipótese de usar a “bomba atômica das sanções” para punir o Kremlin pela invasão da Ucrânia tem sido discutida por líderes ocidentais abertamente. Na segunda, a Casa Branca disse que a medida estava sendo estudada, e o premiê britânico, Boris Johnson, afirmou que ela “permanecia sobre mesa”.

“Está absolutamente claro que a rejeição do petróleo russo vai levar a consequências catastróficas para o mercado global”, afirmou na segunda Alexander Novak, um dos vice-premiês do governo Putin. “A subida dos preços será imprevisível. Será US$ 300 por barril, se não mais”, completou.

O barril Brent, referência internacional, subiu de US$ 95 no dia do início da guerra para US$ 127 nos pregões desta manhã de terça (8). Com as maiores reservas (24%) do mercado, Moscou é a maior exportadora de gás natural do mundo. Tem a oitava maior reserva de petróleo (4,8%), mas é a segunda maior exportadora, atrás da Arábia Saudita.

Por óbvio, um choque dessa magnitude desestabilizaria o mundo de forma análoga às grandes crises dos anos 1970. O impacto inflacionário no Brasil já levou o governo a estudar medidas para tentar segurar o preço doméstico, o que é muito criticado.

Novak disse que o candidato para retaliação mais óbvio é o Nord Stream 1, gasoduto que leva até 55 bilhões de metros cúbicos do produto todo ano diretamente da Rússia para a Alemanha.

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