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Lula diz que aborto “é direito da mulher” e questão de “saúde pública”

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o aborto é “um direito da mulher” e uma questão de “saúde pública”. O petista defendeu que todas as mulheres tenham a chance de receber um tratamento digno, apesar de confessar que, pessoalmente, é contra a interrupção da gravidez.

“Não tenho vergonha de dizer que eu, Lula, pai de 5 filhos, sou contra o aborto. Mas, enquanto chefe de Estado, tenho que tratar o assunto como saúde pública. Eu acho que o aborto é um direito da mulher. Não preciso ser favorável, mas tenho que cuidar para que todos sejam tratados dignamente pela saúde pública”, disse o ex-presidente.

Lula disse que é católico, mas que como chefe de Estado precisa levar em consideração todas as religiões. “Você não tem que ter preferência enquanto chefe de Estado. É como o aborto”, completou.

No Brasil, o aborto ainda é criminalizado e a mulher que realizar o procedimento em território nacional pode ser presa. A prática só é permitida por lei quando a gravidez é resultado de abuso sexual ou põe em risco a saúde da mulher. Além disso, em 2012, um julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) estabeleceu que é permitido interromper a gestação quando se nota que o feto é anencéfalo, ou seja, não possui cérebro.

Em oposição a isso, outros países da América Latina obtêm avanços na luta pelos diretos da mulher. No México, o aborto foi descriminalizado e na Argentina o aborto foi legalizado.

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