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Cotada para o Meio Ambiente, Marina Silva diz que Bolsonaro deixou Instituto Chico Mendes “abandonado e desestruturado”

Integrante do grupo de transição na área do Meio Ambiente, a deputada federal eleita Marina Silva (Rede-SP) afirmou nesta sexta-feira, 2, que a situação deixada pelo governo Bolsonaro é de “extrema gravidade” no âmbito das políticas ambientais. Segundo ela, órgãos de gestão estão “completamente desestruturados” por falta de orçamento e equipes técnicas foram “desmontadas” na atual gestão.

“Quando você olha pro orçamento, você vê que os órgãos de gestão, como ICMBio e Ibama, estão completamente desestruturados e abandonados por falta de orçamento, por falta das equipes técnicas que foram desmontadas e o assédio promovido por esse governo ao longo dos quatro anos”, disse Marina em entrevista à Globo News na noite desta sexta-feira, 2.

A ex-ministra do Meio Ambiente afirmou que o próximo titular da pasta deve ter como prioridade emergencial recompor as equipes dos órgãos com pessoas especializadas e retomar as ações de prevenção e controle do desmatamento.

“Você vai ter que recompor equipes, as equipes foram desestruturadas, substituídas por militares, pessoas que não entendem da agenda. Essas equipes precisarão ser reconstituídas com base em critérios de capacidade técnica, de gestão e liderança na agenda ambiental. Com esses orçamentos minimamente estabelecidos, priorizar ações emergenciais.

A recuperação atualizada do Plano de Prevenção e Controle do Desmatamento é urgente. Ele foi abandonado”, criticou, ao reportar o cenário encontrado pelo grupo de transição na área do Meio Ambiente.

Ainda segundo Marina, o novo governo vai enfrentar um cenário mais complexo no combate ao desmatamento da Amazônia, devido ao avanço da ação de criminosos nos Estados que estão no perímetro da floresta.

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