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Preço dos alimentos sobe três vezes mais do que inflação em um ano, feijão, cebola e batata estão mais caros

A inflação oficial, medida pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apresenta estabilidade em 2020.Porém, ao se considerar apenas a alimentação, o impacto dos preços foi relevante nos últimos 12 meses.

Os custos com alimentação subiram três vezes mais do que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) no intervalo de um ano, segundo dados do próprio instituto.

Enquanto o índice acumulado em 12 meses atingiu 2,13%, o grupo alimentação marcou 7,61% no mesmo período. Ou seja, três vezes mais do que o índice oficial de inflação do país. As carnes, por exemplo, estão 19,6% mais caras em relação a junho do ano passado.

A diferença é muito grave porque esta inflação afeta diretamente a população de baixa renda, explica o economista do Ibre (Instituto Brasileiro de Economia), da FGV (Fundação Getulio Vargas), André Braz.

Para o economista, o resultado mostra o quanto a alimentação pressiona o custo de vida dos brasileiros.

Braz ainda destaca que, para a família de baixa renda, “pouco importa se a gasolina ficou cara ou barata, se o preço da passagem aérea caiu, se as escolas vão dar um desconto porque são itens que não estão na cesta de consumo deles”.

Em junho, o grupo de alimentação e bebidas registrou alta nos seguintes alimentos:

• Arroz (2,74%);
• Carnes (1,19%);
• Feijão-carioca (4,96%);
• Feijão-mulatinho (7,1%)
• Feijão-preto (6,75%); e
• Leite longa vida (2,33%);
• Queijo (2,48%).

No acumulado do ano – de janeiro a junho – os dez alimentos que mais registraram elevação nos preços foram:

• Abobrinha (46,28%);
• açaí (24,68%).
• Alho (38,5%);
• Batata-doce (28,56%);
• Batata-inglesa (66,47%);
• Cebola (94,72%);
• Cenoura (52,73%);
• Coentro (25,66%); e
• Feijão-carioca (26,62%);
• Feijão-fradinho (28,1%);
• Feijão-mulatinho (33,45%);
• feijão-preto (27,92%);
• Manga (67,12%);
• Morango (42,71%);
• Peixe-tainha (40,81%);

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