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Emocionadas, mulheres privadas de liberdades abraçam filhos antes do natal no Acre

A iniciativa é inspirada no “Amparando Filhos”, criado pelo Tribunal de Justiça de Goiás, e no TJAC acontece desde 2016. O projeto tem a função de promover um apoio material e acolhimento afetivo das crianças e dos adolescentes, filhos de mãe encarceradas, e hoje 25 delas, que cumprem pena na Unidade Feminina Prisional de Rio Branco, foram trazidas ao átrio da sede do tribunal para um momento de amor com suas filhas e filhos. 

As famílias foram recepcionadas pela presidente do TJAC, desembargadora Regina Ferrari; pela coordenadora da Infância e Juventude do TJAC, desembargadora Waldirene Cordeiro; pelo supervisor do Grupo de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário, desembargador Francisco Djalma, pela juíza de Direito Andrea Brito; titular da Vara de Execuções Penais e Medidas Alternativas (Vepma); além do presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Acre (Aleac), Luiz Gonzaga; e pelo presidente do Instituto de Administração Penitenciária do Acre (Iapen-AC), Alexandre Nascimento.

Durante o evento, a desembargadora-presidente, Regina Ferrari, aponta que o projeto é um momento simbólico, proporcionando momentos preciosos de afeto, cuidado e atenção, essenciais para o desenvolvimento saudável, emocional e psicológico dos seus filhos.

“O projeto é um momento para vocês, mães, para nesse reencontro, com seus filhos, reencontrem também força, esperança, determinação para cumprirem suas penas e saírem de lá com toda a energia em busca de uma vida digna juntos aos seus, que seja um momento de muito amor e felicidade entre vocês, mães e filhos, para encontrarem no amor todas as respostas para caminharem junto da melhor maneira,” diz Regina Ferrari.

A coordenadora da CIJ, desembargadora Waldirene Cordeiro disse que o Tribunal de Justiça volta seu olhar, seu zelo e cuidado para as crianças. “Que elas (mães) possam também refletir o quanto é importante estarem ao lado de seus filhos e o quanto é necessário elas se esforçarem ao sair das unidades prisionais, para contribuírem com seus filhos buscando a reestruturação familiar”, disse.

O coordenador do GMF, desembargador Francisco Djalma, destacou que o projeto contribui muito na ressocialização. “A gente acredita que nesse laço de amor em um ambiente diferente elas possam realmente não cometer a reincidência, que elas possam trilhar outro caminho”, destacou.

Emoção

Além dos filhos e filhas, as mães das encarceradas e outros familiares que trouxeram as crianças, já estavam emocionados por causa do tempo que estavam sem vê-las, e com a época do Natal se aproximando, era um momento sem explicação.

Algumas mães chegaram do interior do município de Brasiléia, distante 232 quilômetros de Rio Branco. A A mãe V.F.O, que reencontrou seus quatro filhos e uma filha, disse que não falava com eles há 10 meses e que esse reencontro era emocionante, “está aqui é Deus me mostrando a oportunidade mais maravilhosa que tenho na minha vida de ter minha família. Minha mãe é uma mulher guerreira, trabalhadeira, sofredora que passou muita coisa quando estava usando droga. E hoje Deus me libertou e me transformou totalmente.” As conversas e abraços entre mães e filhos, emocionaram a todas e todos que estavam presentes.

Família Acolhedora

O programa “Família Acolhedora” é outro programa desenvolvido pela prefeitura de Rio Branco, em parceria com o Tribunal de Justiça do Acre (TJAC). O intuito é abrigar voluntariamente, por período provisório, crianças e adolescentes por até 18 meses. Em Rio Branco, é oferecido uma bolsa-auxílio de um salário mínimo, para os cuidados necessários do infante.

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