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Delegado quer mais tempo para investigar morte de enfermeira durante perseguição na BR-317

Os policiais Gleyson Costa de Souza e Cleonizio Marques Vilas Boas, envolvidos na morte da enfermeira Géssica Melo, de 32 anos, no dia 2 de dezembro, seguem detidos no Batalhão Ambiental da Polícia Militar (PM). Eles aguardam o resultado das investigações da Polícia Civil, que vai apontar se a atuação dos dois agentes do Grupo Especial de Fronteira (Gefron) se tratou ou não de homicídio.

Mãe de três filhos, Géssica foi morta a tiros durante perseguição policial na BR-317, nas proximidades do município de Capixaba, interior do Acre. Ela teria desobedecido ordens de parada da polícia perto de um posto de fiscalização. A vítima sofria de depressão e, segundo informações, estava em surto psicótico no momento da tragédia.

No dia 27 de dezembro, a desembargadora do Tribunal de Justiça do Acre (TJAC), Denise Bonfim, negou Habeas Corpus impetrado pela defesa dos militares, presos no dia seguinte ao acontecido. Os advogados solicitaram a conversão da prisão preventiva para domiciliar.

O caso teve repercussão nacional. Chamou a atenção a alegação, dada pelos policiais, de que Géssica portava uma arma de fogo, informação que foi amplamente desmentida pela família e amigos da vítima, que não tinha envolvimento com o crime. Uma arma foi achada próximo ao carro da enfermeira, porém, suspeita-se que o objeto, de uso restrito das forças de segurança, teria sido plantado.

O delegado de Polícia Civil, Rômulo Barros, ainda não concluiu as investigações e anunciou, no início desta semana, que vai pedir à Justiça a prorrogação do prazo para realizar mais perícias, oitivas, entre outros processos investigativos. Uma das maiores dúvidas a serem possivelmente sanadas é sobre a quem, de fato, pertencia a arma encontrada perto do carro da Géssica.

Leandro Chaves

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