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Delegado-geral de Polícia Civil se defende de suposto recebimento de “rachadinha”; denúncia tramita no MPAC

O delegado-geral de Polícia Civil, Henrique Maciel, falou a respeito da denúncia feita contra ele ao Ministério Público do Acre, especificamente à Promotoria Especializada de Defesa do Patrimônio Público, sobre um suposto recebimento de “rachadinha”. Ele disse que colocará à disposição do MPAC os dados bancários, fiscais e telefônicos dele e da esposa, citados na denúncia.

“Infelizmente uma denúncia dessa vai ser torna uma denúncia caluniosa. É uma denúncia sem provas, que não há provas. Vou me posicionar junto ao Ministério Público, vou abrir o meu sigilo bancário, fiscal e telefônico, meu e da minha esposa, que foi citada, entendeu? Não temos nenhum problema de esconder nada, só que mexe com a honra das pessoas. A gente está muito indignado. Eu tenho uma história, uma história de vida pública. Trabalhei quase 30 anos no Tribunal de Justiça, trabalhei no Banacre. Só de polícia tenho 25 anos e nunca tive nada com relação a um tipo de situação como essa”, disse o delegado ao Notícias da Hora.

Ao comentar a respeito da denúncia, Maciel explicou que tomou conhecimento “dessa investigação hoje pela imprensa. Não existe nenhuma prova irrefutável de quem denunciou. O que existe, na verdade são algumas pessoas inconformadas com a nossa gestão, da forma de trabalhar e ali não tem o nome de quem fez a denúncia, mas eu imagino quem seja. Uma pessoa que está inconformada com uma decisão que eu tomei com relação a ela e ali está usando subterfúgios, disse me disse, entendeu? Mas, nós vamos tomar as medidas necessárias no âmbito judicial, defender a minha honra e, claro, esclarecer tudo isso aí. Estou tranquilo”, pontua o chefe maior da Polícia Civil do Acre.

Henrique Maciel salientou que está ciente dos atos que praticou frente à instituição. Segundo ele, nada que desabone sua conduta na administração pública. O delegado-geral acrescentou que criou recentemente uma delegacia especializada de combate à corrupção e atos de improbidade administrativa.

“Se estava de forma sigilosa, já quebraram o sigilo porque foi divulgado. Alguém passou para a imprensa. Independente de sigilo ou não eu estou tranquilo. Sei dos meus atos que eu fiz. Estamos trabalhando. Criei até uma delegacia, por determinação do governador, para combater a questão de improbidade administrativa no sistema do Estado”, reitera.

A denúncia

A denúncia foi apresentada à Promotoria Especializada de Defesa do Patrimônio Público, coordenada pela promotora de Justiça Myrna Teixeira Mendoza.

O caso veio à tona nesta segunda-feira (20) por meio do portal de notícias “O Acre Agora”. De acordo com a reportagem e a cópia da denúncia anexada ao material jornalístico, José Henrique Maciel teria nomeado servidores para, em troca, receber parte dos salários. Ao menos três pessoas teriam participado do esquema.

Ainda de acordo com a denúncia feita ao MPAC, o dinheiro seria depositado na conta da esposa de Maciel. Segundo o denunciante, a esposa do delegado-geral é servidora pública lotada na Secretaria de Estado de Segurança Pública. Além disso, há a acusação de nepotismo cruzado dentro da instituição.

O que diz o MPAC

O Notícias da Hora teve o cuidado de checar junto ao Ministério Público do Estado a respeito do processo. Por meio de sua assessoria, o MPAC respondeu que “a investigação está em curso. Os fatos estão sendo apurados”.

 

 

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