O governo do Estado enviou nesta quinta-feira, 18, um ofício ao ministro interino da Saúde, Eduardo Pazuello, com um pedido de apoio para o reforço de profissionais de saúde no Acre devido ao agravamento da pandemia de covid-19.
Mesmo com o cenário de emergência, o governo do Estado, com o suporte do governo federal, não tem medido esforços para abrir novos leitos de atendimentos, além de adquirir equipamentos de proteção individual (EPI) e respiradores.
Recentemente, ocorreu a inauguração do primeiro hospital de campanha do Acre exclusivo para tratamento de covid-19, com capacidade para 100 novos leitos, estando prevista a inauguração do segundo até o final do corrente mês, em Cruzeiro do Sul.
Ainda assim, mesmo com todos os esforços tomados, ainda há um grande déficit de profissionais de saúde, sendo este um dos maiores gargalos para a efetivação das ações relacionadas ao novo coronavírus.
Para se ter uma ideia da dimensão do problema, em todo o Acre, há aproximadamente 500 profissionais de saúde afastados por suspeita ou confirmação de covid-19, além de mais 100 que estão fora de suas atividades por integrarem o grupo de maior risco de mortalidade pelo coronavírus.
Junto a sua própria população, o Acre, por ser uma região de tríplice fronteira, tem historicamente dado atendimento de saúde a diversos imigrantes. E mesmo com as fronteiras atualmente fechadas, 400 imigrantes estão retidos ainda na fronteira do Peru, precisando de atendimentos médicos e alimentação.
Soma-se essa população ainda aos municípios e distritos de fronteira com os estados de Rondônia e Amazonas, e o atendimento médico especial necessário a população indígena do estado dividida em 16 etnias, além da atenção diferenciada aos municípios de difícil acesso, onde só é possível chegar de avião ou de barco.
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