O Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) abriu inscrições para empresas interessadas em participar da reforma e revitalização da Casa Chico Mendes, que fica em Xapuri, interior do Acre. A residência é o lugar onde o líder seringueiro morou e morreu.
Declarado patrimônio histórico do Brasil em 2011 pelo Iphan, o imóvel chegou a ficar fechado, também para revitalização, após a enchente histórica em Xapuri em 2015. Na época, o instituto afirmou que já havia um projeto de restauração planejado desde 2014, mas, após a cheia do rio, precisou passar por modificações.
A casa foi totalmente restaurada, houve a ancoragem dos pilares de sustentação e canalização das águas pluviais para escoamento em caso de uma nova cheia. Todas as paredes foram substituídas ou restauradas com exceção da parede que fica junto à porta da cozinha onde há as marcas de sangue do seringueiro, morto em 22 de dezembro de 1988. A cerca ao redor da casa também chegou a ser pintada.
Após essa obra, o imóvel foi reaberto em junho de 2017 e voltou a receber visitas. Contudo, o lugar voltou a ser fechado em 2018 para novas obras.
Em março deste ano, a Divisão Técnica do Iphan voltou a falar sobre as reformas que o espaço precisa. Na época, a chefia do setor disse que o terreno e estrutura do imóvel precisavam passar por novas obras de revitalização porque havia o risco de erosão no terreno e seriam feitas barreiras de contenção.
Essa obra envolvia ainda parte da rua e do calçamento. Esse era um dos projetos em andamento e estava avaliado em mais de R$ 300 mil.
Casa do seringueiro ficou submersa durante cheia histórica em Xapuri, em 2015 — Foto: Foto: Luiza Melo/Arquivo Pessoal
Cheia histórica em Xapuri
A terra natal do líder seringueiro Chico Mendes, Xapuri, viveu, nos primeiros meses de 2015, uma enchente histórica. As águas atingiram a paróquia de São Sebastião, tida como referência. Segundo a Defesa Civil, somente em 1978, ano em que ainda não havia medição do nível do Rio Acre, a água chegou na escadaria da igreja.
A cheia de 2015 atingiu mais de 470 pessoas diretamente, segundo dados da Defesa Civil. A Prefeitura de Xapuri chegou a decretar estado de emergência. As águas também inundaram o Hospital Epaminondas Jácome e os atendimentos tiveram que ser transferidos para uma Unidade Básica de Saúde.
g1
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