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Sobrevivente que pulou do balão em chamas afirma que lama amorteceu a queda

Um casal que sobreviveu à queda do balão em Praia Grande (SC) relatou os momentos de terror que viveram.

O engenheiro Têxtil, Victor Hugo Mondini Correa, e sua companheira, a médica veterinária, Laís Campos Paes, estavam a bordo do veículo no momento em que as chamas começaram.

“A gente nunca tinha voado, nunca tinha nem visto nenhum voo. Então, a gente não sabia se aquilo era normal ou não”, relatou Laís ao site NSC Total ao ver o princípio de incêndio, que começou cerca de três minutos do início do passeio. 

Segundo eles, o piloto viu rapidamente quando as chamas começaram e tentou apagar o fogo. “A gente só ia para trás, sentindo aquele calor forte e rezando para que aquele cilindro não estourasse”, afirmou Correa.

Ao não conseguir apagar o fogo, o condutor orientou os passageiros a se abaixarem e saltarem quando o balão tocasse o solo. Parte dos ocupantes conseguiu pular durante a tentativa de pouso forçado.

“A lama amorteceu a nossa queda. A gente conseguiu evitar mais lesões por causa dessa lama”, relembrou o engenheiro. No entanto, com a redução do peso, o balão voltou a subir rapidamente, levando consigo aqueles que ainda não haviam conseguido sair. 

“Eu não entendi que não tinha saído todo mundo, então, eu vi que eles estavam ali, e eu pensei: deu certo, nos salvamos. E aí quando eu virei, eu vi que o balão ainda estava no ar e a gente viu as pessoas caírem”, contou Laís.

Em seguida, a estrutura caiu em chamas. Das oito vítimas fatais, quatro morreram carbonizadas e as outras quatro em decorrência dos ferimentos sofridos ao saltar do balão que havia voltado a subir. Outras 13 sobreviveram.

De acordo com a Polícia Civil, o incêndio ocorreu devido a um maçarico que estava no cesto e rapidamente as chamas se espalharam. Os cinco feridos que foram atendidos na unidade hospitalar já receberam alta. 

Os sobreviventes, apesar de aliviados por estarem bem, relataram o trauma e a tristeza por aqueles que não conseguiram se salvar. “A gente vai, aos poucos, organizando a mente para conseguir seguir em frente, agradecendo por estarmos vivos, mas muito tristes pelas pessoas que não conseguiram sair”, disse Correa.

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