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Banco Central lança Pix por aproximação, a expectativa é que o recurso esteja acessível a toda a população em fevereiro de 2025

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, participou nesta segunda-feira do lançamento do “Pix por aproximação” para os usuários da carteira digital do Google. Com o sistema, os consumidores vão poder realizar pagamentos com o celular — como fazem com cartões — usando o sistema de pagamentos instantâneos do BC.

A funcionalidade ficará disponível a partir do Google Pay, solução de iniciação de pagamentos que agrega as recursos de instituições financeiras e os disponibiliza no momento da compra, seja virtual ou física. Nesse momento, clientes do C6 Bank e do PicPay podem utilizar o recurso a partir do Google. Nas próximas semanas, ele será habilitado também para quem tem contas no Itaú.

Para operar, o sistema precisa estar funcionando nas maquininhas. No caso do Itaú, a função já está disponível em 100% das máquinas da Rede, conhecidas como “laranjinhas”. Já o PicPay prevê que todas as estações de pagamento estarão aptas até o final do mês. Em outubro, a Cielo também iniciou os testes do sistema, mas de forma independente ao Google Pay.

A expectativa do Banco Central é que o recurso esteja acessível a toda a população em fevereiro de 2025, quando todas as instituições financeiras credenciadas ao BC deverão oferecer o serviço por meio dos iniciadores de pagamento. Os testes com outras instituições de pagamento começam no próximo dia 14.

Com a nova função, o Banco Central espera que consumidores que hoje optam pelo pagamento por cartão, pela facilidade do processo, passem a escolher o Pix. Segundo Campos Neto, uma pesquisa interna do BC, que ainda será divulgada, mostrou que cerca de 30% dos brasileiros que usam mais o cartão do que o Pix fazem essa opção pela agilidade, o que deve mudar com o lançamento do recurso, segundo ele:

— Isso a gente já tinha em intuição, mas não tinha em números: muita gente não usa o Pix porque tem preguiça de entrar no aplicativo, digitar o número e logar. Então, muitos preferem o cartão de crédito porque você pode só aproximar — afirmou o presidente do BC, em mesa ao lado do presidente do Google Brasil, Fábio Coelho — Diante desses números, a gente pensou que se a gente tiver a aproximação por Pix, as pessoas não tem esse motivo de usar o cartão só pela aproximação.

As regras para o Pix por aproximação foram aprovadas pelo BC e o Conselho Monetário Nacional (CMN) em julho, mas as discussões do Google com o mercado e autoridade monetária começaram em agosto do ano passado.

Como vai funcionar

Para fazer o Pix por Aproximação pela Carteira do Google, os usuários vão precisar vincular suas contas à ferramenta. A partir disso, ao fazer um pagamento, o consumidor só vai precisar desbloquear o celular, aproximar o aparelho e seguir os passos do pagamento Pix pela Carteira. O recurso, por enquanto, só irá funcionar para aparelhos Android.

Inicialmente, o Google Pay é a única carteira digital que oferece suporte ao Pix por aproximação. Para que o usuário use a opção de aproximar, o lojista terá que optar, na maquininha, pela opção de pagamento por Pix. O código QR vai aparecer na tela da máquina. O consumidor então terá que ativar o Google Pay, que irá fornecer as opções de bancos cadastrados pelo usuário.

A expansão da funcionalidade depende tanto da disponibilização pelos bancos, como da ativação do recurso para empresas por trás das “maquininhas”. Todo o mercado, no entanto, terá que habilitar o sistema até o prazo estabelecido pelo BC, de fevereiro do próximo ano.

A funcionalidade vai funcionar para os aparelhos que tenham o NFC, que é tecnologia que permite a troca de informações entre os celulares e as máquinas de pagamento. Segundo Campos Neto, o BC trabalha para que o NFC seja o padrão no mercado:

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