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De origem simples, jovem brasileira de 20 anos lidera equipes científicas na Nasa

Sempre quis ser astronauta. Era criança, e meu coração batia diferente ao olhar o céu. Dava vontade de explorar aquela imensidão, um mundo ainda hoje tão desconhecido. Mas parecia tudo distante demais da minha realidade.

Cresci num bairro simples e violento da cidade de Contagem, perto de Belo Horizonte, onde, além da barreira econômica, faltavam referências de boas cabeças científicas ao meu redor.

Por incentivo de minha mãe e avó, encarei os estudos no colégio público como um caminho que pudesse me abrir portas.

Estudava em tempo integral, conciliando as aulas regulares com um curso técnico de informática.

E foi aí que despertei para as competições nacionais e internacionais de ciências, astrofísica e astronomia, de onde decolei para voos que transformariam minha vida.

Era 2021, eu tinha 18 anos, e a Nasa lançou uma de suas caçadas globais a um asteroide, quando gente do mundo inteiro se debruça sobre imagens que eles oferecem à procura daquele ponto.

Só descansei quando o encontrei, e validaram o feito, colocando nele minhas iniciais, LPS 003.

Mais tarde, fui a única estrangeira selecionada para um treinamento nas instalações da agência espacial e ali estabeleci laços que nunca se desfizeram.

No início deste ano, veio um convite especial — me tornei a primeira brasileira a comandar uma equipe na Nasa voltada para a criação de tecnologias, como os dois modelos desenvolvidos para futuras expedições à Lua e a Marte dos quais me orgulho.

Também me recrutaram como uma das principais cientistas da turma que anda às voltas com um equipamento que será enviado a Enceladus, a lua de Saturno onde há maior possibilidade de existência de vida.

Uma coisa vai levando a outra na ciência, e recebi convites para integrar fóruns das Nações Unidas nos quais procurei destacar o papel da tecnologia produzida por jovens cientistas em prol da preservação do planeta.

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