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Após anuncio da Vitória de Evo, tensão cresce na fronteira

Estudantes acreanos que estudam medicina na Bolívia mas residem no Acre estão impedidos de deixar o país desde que eclodiram, no domingo (20), as manifestações de protestos contra o governo do presidente Evo Morales, declarado eleito para o quarto mandato na manhã desta sexta-feira (25). O anúncio presidencial elevou a tensão no país e as empresas de aviação suspenderam os pousos e decolagens em toda a Bolívia. Por isso, estudantes, mesmo com passagens compradas com antecedência, estão impedidos de retornarem ao Acre.

Um estudante de medicina em Santa Cruz relatou à sua mãe, uma empresária em Rio Branco, que a situação é de desespero entre os estudantes. A situação também atinge a turistas. Pelo menos sete brasileiros integram um grupo de turistas que está preso no deserto de Salar de Uyuni, na Bolívia, devido ao protesto que bloqueia as vias e impede a circulação de veículos. Os moradores da região estão se manifestando para que políticos locais renunciem aos cargos. Outro grupo de quatro brasileiros que ficaram retidos na Bolívia em um protesto de trabalhadores já deixaram o país e se abrigaram no Chile. A informação é do Ministério de Relações Exteriores (MRE), que recebeu a notícia de parentes dos turistas brasileiros.

No entanto, em La Paz, a capital, em Sucre, Cochabamba, Santa Cruz e Cobija, no Departamento de Pando, na fronteira com o Acre, a situação de tensão continua porque Evo Morales se autoproclamou eleito em primeiro turno e o candidato derrotado, Carlos Mesa, já avisou que não aceita os resultados e novos protestos podem ocorrer a qualquer momento. “Aqui, não são os gringos que mandam. Quem manda aqui são os índios”, diziam faixas, escritas em espanhol, empunhadas por partidários de Evo Morales nas ruas do país. Os partidários de Mesa responderam: “Se no hay pan para lo pobres, no habrá paz para los ricos (Se não há pão para os pobres, não haverá paz para os ricos), cuja reação aumentou em muito a temperatura política na Bolívia.

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