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No Acre, menino de dez anos é resgatado vítima de maus-tratos e cárcere privado praticados pelo pai

Uma denúncia anônima ajudou a colocar fim ao sofrimento de um menino de dez anos que era mantido em cárcere privado e maltratado pelo próprio pai na zona rural de Cruzeiro do Sul, interior do Acre. Equipes do Conselho Tutelar Municipal e da Polícia Militar (PM-AC) foram até a comunidade onde os dois viviam, na última segunda-feira (14), e resgataram a criança.

O pai do menino foi preso em flagrante e levado para a delegacia da cidade. A criança passou por exames e foi colocada provisoriamente em um abrigo até a chegada da mãe, que vive em Rondônia (RO).

Segundo a conselheira Erivalda Menezes, o menino foi retirado da mãe, sem autorização, há dois meses e trazido para o Acre. No estado acreano, ele foi levado para a zona rural do município e mantido em cárcere privado na comunidade.

No último domingo (13), o conselho recebeu uma denúncia alertando sobre os crimes praticados contra a criança e avisando que o suspeito é uma pessoa violenta.

“O colegiado se reuniu e decidimos que iríamos pra lá na segunda de manhã, pedimos apoio da PM. Quando chegamos lá vimos que era tudo como estava na denúncia. A criança muito maltratada, estava com o rosto inchado, o lábio cortado e muito debilitada pela situação do momento”, contou a conselheira.

Erivalda explicou ainda que havia a suspeita de que a criança era violentada sexualmente. “Ela foi submetida a exames e o médico legista disse que não houve abuso sexual”, confirmou.

Dois meses sem contato

Após o resgate, o Conselho Tutelar de Cruzeiro do Sul conseguiu encontrar a mãe do menino. Conforme as informações levantadas pelos conselheiros, a criação do menino era dividida entre o pai e a mãe em Rondônia.

Porém, o pai teria se envolvido em algumas confusões no estado rondoniense e fugiu para se esconder no Acre com o menino sem autorização da ex-mulher.

“A mãe estava há dois meses ser ver a criança, ela registrou um boletim de ocorrência lá em Vilhena. Ela tem os links que procurou pelo filho, os jornais, procurou pelas redes sociais, mas, infelizmente, não tinha encontrado”, disse.

Colaborou o repórter Bruno Vinicius, da Rede Amazônica Acre.

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