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Médica teria negado TFD a jovem com problema cardíaco: “mandou eu esperar a hora de morrer”

O jovem Francisco Mizael Vieira da Silva, de 15 anos, mora na comunidade Tapauna, há duas horas de Marechal Thaumaturgo e precisa de um transplante de coração para continuar vivendo. A mãe buscou tratamento para ele em Cruzeiro do Sul e Rio Branco, mas segundo ela, os médicos da capital não fizeram o encaminhamento para buscar a cirurgia fora do Acre e agora a mulher não sabe o que fazer. Segundo ela, os médicos afirmaram que ele tem o coração crescido, mas não fizeram o encaminhamento. “Me disseram que não tinha jeito e trouxe o Mizael para morrer em casa”, conta a mãe, Maria Célia Vieira da Silva, de 30 anos.

Célia e o filho voltaram para casa no último dia 10 de agosto. Por enquanto, estão em Thaumaturgo, mas voltarão para a comunidade Tapauana nos próximos dias, onde ela teme que o filho vá morrer.

O drama

Maria Célia tem 7 filhos pequenos e conta que Francisco Mizael, o mais velho, apresentou este ano um inchaço pelo corpo, grande cansaço e muita tosse. Ela levou o filho para Cruzeiro do Sul por meio do Tratamento Fora do Domicílio (TFD) e no Hospital do Juruá ele foi atendido por uma médica cardiologista.

Mizael e a mãe seguiram pelo TFD para o Hospital Santa Juliana, em Rio Branco. Na unidade hospitalar da capital, uma médica, que a mãe não lembra o nome, disse que não havia tratamento para Mizael e que só um transplante salvará a vida dele. No entanto, a médica não fez encaminhamento para que ele vá, por meio do TFD, para fora do Acre. Agora a mãe do rapaz não sabe o que fazer.

“A médica disse que a fila do transplante pode demorar 1 ano ou 5 anos e não há certeza se dará certo. Disse que eu com 6 filhos pequenos não tinha como ir. Então ela mandou eu trazer ele pra casa pra esperar só a hora de morrer. Eu agora não sei mais o que fazer para começar tudo de novo “, conta a mãe desesperada, que tem pouca instrução e não sabe como recomeçar todo o processo de TFD.

Mizael toma 4 medicamentos, incluindo carvendilar e entresto, que a mãe dele não encontrou na rede pública e teve que comprar por R$ 400. Agora, não tendo como permanecer em Marechal Thaumaturgo, mãe e filho voltarão para Tapauana no decorrer da semana.
Mizael não sabe sobre a gravidade do seu próprio estado de saúde e a mãe do rapaz não sabe o que fará para salvar a vida do filho. “Ele é só um menino e agora só espero ele morrer? Estou desesperada e não sei o que fazer para salvar a vida do meu filho, que pode morrer a qualquer minuto”, conclui a mãe.

 

 

Ac 24h

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