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A Pandemia vai passar: “Vamos desenvolver Epitaciolândia e cuidar da nossa gente”, diz pré-candidato Everton Soares

Nascido no município de Brasiléia, há 35 anos, Everton Soares da Silva é um legítimo filho da terra. Na infância e adolescência, fez todas as brincadeiras e travessuras que eram permitidas na sua época: tomou banho em rio e igarapés, jogou pelada em campinhos de terra batida, brincou nas tradicionais festas juninas e integrou fanfarras. Estudou nas escolas Brasil Bolívia, Joana Ribeiro Amed e Instituto Odilon Pratagi.

Homem feito, viu os irmãos irem estudar fora do estado. Júnior, o mais velho, tornou-se veterinário pela Universidade do Oeste Paulista (Unoeste), sediada em Presidente Prudente (SP). Edyana, a caçula, primeiro formou-se em Enfermagem pela Universidade Paulista (Unip) e, depois, médica pela Universidade Amazônia de Pando, na Bolívia. “Dizem que o filho do meio é o mais apegado aos pais”, comentou o nosso personagem, que se formou em Administração de Empresas pela Uninorte, aqui mesmo na terrinha.
Filho de Edilson Raulino da Silva e Ana Maria Soares da Silva, empresários cujos negócios abrangem os setores de supermercado, pecuária e imobiliário, Everton conta que teve o amor dos pais, embora tenha recebido uma educação bastante rígida. “Eles me colocaram num colégio interno adventista”, conta sorrindo, mas destaca a qualidade do ensino, que, segundo ele, é um dos melhores do país. “Estudei pelo Método Positivo”.
Ele presenciou todas as administrações nesses 28 anos de emancipação política do município. Em sua opinião, Epitaciolândia não acompanhou o desenvolvimento de outras cidades, mesmo existindo, com a mesma idade, a Área de livre Comércio (ALC), que disponibiliza os mesmos incentivos fiscais e vantagens alfandegárias que a cidade de Manaus (AM). “Vamos reconstruir o nosso município”, comprometeu-se o empresário, destacando que, nesse período, apena três famílias se revezaram no poder.

Organizado, dedicado e espontâneo, Everton Soares é a imagem e semelhança de sua mãe, numa clara demonstração de que, como diz o ditado popular, “o fruto não cai longe da árvore”. A seguir, os principais trechos de uma entrevista concedida pelo pré-candidato, na qual de sua infância, do amor pela família e município e de suas propostas como futuro gestor público:
JN – O que Epitaciolândia significa para o senhor?
Everton Soares – O meu lar, a minha vida. Tudo que construímos, eu agradeço a nossa gente. Todos os nossos investimentos estão aqui. É o município que amo, que escolhi para viver. Sou feliz em saber que, por meio de nossos empreendimentos, ajudamos dezenas de famílias. Ali, no bairro Liberdade, íamos brincar de arma de tampinha, soltávamos pipa, brincávamos de peteca e tinha um igarapé onde a gente ia tomar banho. Perdi, infelizmente, alguns amigos que foram tragados pelo mundo do crime.

JN – Caso seja eleito, como o senhor pretende governar em tempos de crise?
Everton Soares – O parâmetro de conduta do gestor público é a lei: o art. 37 da Constituição Federal, a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF), a Lei 8.666 [Lei das Licitações e Contratos], entre outras, são mecanismos jurídicos e institucionais que dão base a uma gestão ética, eficiente e transparente. É preciso haver um diálogo permanente com toda a sociedade: a juventude, o homem do campo, associações de moradores, empresariado, instituições e todos os setores mobilizados. Dar eficiência à máquina pública a partir de uma maior presença dos cidadãos nas tomadas de decisão, e no controle dos gastos da prefeitura, bem como fazermos contratações por critérios técnicos, o que evitaria o empreguismo tão recorrente em nossa prefeitura.
JN – Quando o TRE autorizar o início da campanha, o que o senhor vai dizer para os eleitores?
Everton Soares – Propostas, muitas propostas. Depois de ouvir todos os setores da sociedade, estamos formatando o nosso plano de governo que conterá as nossas propostas para todas as áreas do município. Vamos desenvolvê-lo e cuidar da nossa gente. Faremos parcerias público-privadas e iremos à Brasília para firmar convênios, trazer emendas parlamentares, bem como atrair investidores para que estes se instalem em nosso município. Estamos numa posição geográfica estratégica.
JN – O senhor afirma que o município tem vocação para o agronegócio. Explique isso?
Everton Soares – Uma parte considerável das nossas terras é apropriada para a produção de grãos em grande escala, com destaque para a cultura do milho. Temos a mandioca, o açaí e a banana, a fruticultura de um modo geral. Eu aposto na agroindústria como a maior geradora de postos de trabalho. Como assim? Bom, essa concepção ou nomenclatura começa com o setor primário (agricultura). Os produtos vindos deste setor serão processados (indústria) e agregarão valor. Por último, eles serão exportados (comércio) gerando divisas para o poder público. Como podemos ver, a agroindústria envolve os três setores da economia. Óbvio que tudo isso acontecerá numa bem definida cadeia produtiva, concomitante a um projeto de desenvolvimento também bem definido.
JN – Caso seja eleito, de uma forma geral, o que senhor fará?
Everton Soares – O meu primeiro projeto é arrumar a Casa, fazendo o básico, ou seja, os chamados serviços essenciais como colocar merenda de qualidade nas escolas e limpar os bairros e praças. O saneamento básico, que quase não existe, será outra prioridade. Teremos um olhar diferenciado para o produtor rural e faremos a manutenção de ramais e pontes, que garantirão o escoamento da produção. Vamos colocar remédios nos posto de saúde e contratar especialistas, levar o poder público aonde não chega, com a saúde itinerante, bem como dar acesso a outros serviços aos cidadãos, além de construímos escolas e postos de saúde onde forem necessários.
JN – Como está a sua pré-campanha?
Everton Soares – Crescendo a cada dia. Eu ando muito. Já visitei muitas comunidades rurais, onde somos recebidos com a hospitalidade típica da nossa gente. Alguns adversários nos subestimaram e isso é natural em se tratando do nível e da concepção política deles. Essas adesões são completamente espontâneas, o que demonstra, de forma definitiva, a vontade de mudança nos destinos políticos e administrativos do nosso município. Essa mudança virá através das pessoas de bem. Estou confiante e muito tranqüilo.
JN – É possível conciliar ética e política?
Everton Soares – Não só é possível como necessário. Os valores estão invertidos ao ponto de a ética ser vista como uma virtude. E não é. Penso que ética deve ser uma valor permanente e inegociável na vida do indivíduo, não só do político, mas, sobretudo, porque ele está lidando com o que é público. Se os homens de bem não se manifestarem, os mal-intencionados irão tomar conta da política. A política só é realmente possível, e somente trará os resultados que se espera dela, se for protagonizada por homens e mulheres desapegadas do poder, com forte propósito de contribuição temporária no exercício de governar. Na nossa região a política sempre esteve muito mais próxima do “se servir” do que do “servir”. Somente com transparência nas contas públicas e através da cobrança, do olhar atento do cidadão, é que o político aprenderá a se comportar com ética na política.
JN – Por que o senhor faz tantos agradecimentos?
Everton Soares – A primeira coisa que eu faço, ao acordar, é agradecer a Deus por mais um dia de viva. Agradeço pela minha saúde, por minha família, pelos meus colaboradores e amigos. Peço discernimento para sempre fazer as coisas corretas, assim como conduzir esse processo que é muito importante para a vida das pessoas. Eu sei do tamanho da minha responsabilidade. Agradeço sempre pelos princípios que fui criado e pelo amor que tenho da minha família e dos amigos. Por fim, agradeço à família PSL que me acolheu e acredita em mim.

 

Jorge Natal

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