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Família de jovem morto na Expoacre acompanha júri de policial penal: ‘Dor e sofrimento’

Família cobra justiça

Os familiares de Wesley usaram uma camisa com a foto dele com uma frase ‘queremos justiça’ estampada acima da foto dele.

Para a mãe do jovem, Isa Santos, a espera pela condenação é uma mistura de dor e esperança. “São dois anos de dor e sofrimento, é uma batalha muito grande enfrentar o luto. Eu sei que nada vai trazer meu filho de volta, mas a Justiça precisa ser feita para que ele [Raimundo Nonato] não faça o mesmo com outras famílias”, relatou.

Isa contou que ainda sente a presença do jovem em casa e que o filho não merecia morrer dessa forma.

“Essa semana todinha eu só pensava que ia voltar com meu filho para casa, que ele ia entrar pela porta, abraçar a gente. Mas, sei que isso não vai acontecer. Meu filho não merecia isso. O Wesley era trabalhador, um menino de ouro e esse homem precisa pagar pelo que fez”, completou.

Rivaldo Jaime, pai de Wesley, também se diz confiante quanto a condenação do policial penal. À Rede Amazônica Acre, Rivaldo descreveu a dor de perder o único filho.

Antes de iniciar o julgamento, Rivaldo se emociou bastante e precisou ser amparado por outros familiares.

“Um rapaz super educado, criei desde pequenino e nunca deu trabalho para ninguém. São dois anos de muita dor e sofrimento, mas esperamos a justiça. Confiamos em Deus e acreditamos que ele será condenado”, lamentou.

Na noite do crime, Wesley celebrava o aniversário de 20 anos com a anmorada e amigos.

Defesa

O advogado Wellington Silva, que defende o policial penal, afirma que o cliente agiu em legítima defesa. Segundo ele, laudos da perícia e depoimentos de policiais militares confirmam essa versão.

“Ele sempre manteve a mesma versão. Agiu em estado de sobrevivência. Se não tivesse usado a arma, não estaria vivo para ser julgado hoje”, argumentou.

Contudo, para a advogada da família de Wesley Gicielle Rodrigues, houve legítima defesa, mas sim assassinato.

“Ele assediou a Rita, passou a mão nela, não aceitou o ‘não’ como resposta. Quando ela reagiu, ele ficou com raiva e, de forma vil, atentou contra a vida de Wesley e contra a dela. O que houve foi assassinato, não legítima defesa”, afirmou.

g1

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