loader

Bebê baleada na cabeça durante ataque no Acre, segue na UTI ‘cérebro inchou novamente’, diz mãe

A menina Maitê Valentina da Costa, de 1 ano e 4 meses, baleada na cabeça durante ataque de criminosos no bairro Santa Inês, em rio Branco, no último sábado (8), segue internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital da Criança de Rio Branco.

Maria Luiza Pereira, mãe da menina, confirmou ao g1 que a menina teve uma piora entre terça (11) e esta quarta-feira (12). Os médicos contaram para os pais que Maitê voltou a ter inchaço no cérebro e febre.

“O cérebro dela inchou novamente. Falaram que não vão mais dar medicamento para desinchar, vão deixar sem. Eu e o pai dela estamos vindo no hospital pegar o boletim dela, não podemos ficar com ela, só visitar de manhã e à tarde”, lamentou.

Segundo a mãe, Maitê levou dois tiros na cabeça, um deles atravessou e saiu e a outro ficou alojada no crânio. Na segunda (10), a família iniciou uma campanha para arrecadar dinheiro para comprar lenço umedecido, fraldas e produtos de higiene, já que a bebê não tem previsão de alta e os produtos são necessários.

“Entrou no meio para ajudar ela”

A polícia afirmou que o pai de criança baleada era o alvo do ataque, porém, Maria Luiza diz que o marido não tem envolvimento com crime e quase não saía de casa. “A gente estava saindo de casa pra ir pra casa do amigo do meu marido. Íamos assistir televisão, jogar videogame e assistir filme”, afirmou.

Além de Maria Luiza, que segurava o outro filho de três meses no colo, no momento dos tiros estavam ainda a cunhada, o esposo, um adolescente de 14 anos, amigo do marido e Maitê dentro do carrinho.

“Eu estava bem na beirinha da rua, de frente da rua, na hora que o carro vinha. Eu avistei o carro com o nome Uber e carro freou e parou devagarzinho. Aí foi na hora que abriu a porta e falou ‘perdeu’. Mas ele não atirou nem em mim, nem em minha cunhada, a tia da minha filha. Eu estava com meu outro bebê de três meses no colo dando de mamar”, explicou.

A mãe declarou que quando o carro chegou, o marido tinha colocado a bolsa dela em cima da lixeira e estava inclinado para pegar a Maitê, quando começaram os tiros. “O carro chegou e o pai dela correu. O amigo [adolescente de 14 anos] viu que os tiros iam pegar nela [na Maitê], e ele se meteu no meio. Porque se ele não tivesse se metido no meio, os tiros que ele pegou iam ser todos nela” assegura Maria Luiza.

Ela e o marido prestaram depoimento na segunda (10) e a mãe disse não saber o porquê o marido seria um alvo, porém, comentou que ouviu informações de que os atiradores queriam matar qualquer homem que estivesse na rua.

“Ele só atirou pro menino e pro meu marido. Meu marido não ameaça ninguém. É um pai de família, ele vem e vai pra casa. Fiquei sabendo depois que o cara se entregou e falou que era pra acertar os dois homens e que não viu ela no carrinho, mas acredito que foram pessoas que não são do bairro e estavam atirando nas pessoas que estavam no meio da rua”, lamentou.

O adolescente de 14 anos, que levou um tiro no tórax, está internado no pronto-socorro.

G1

Comentários