O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), determinou a proibição de manifestações políticas durante as apresentações do festival Lollapalooza, que ocorre no Autódromo de Interlagos, em São Paulo. A decisão ocorreu após o PL, partido do Presidente Jair Bolsonaro, entrar com pedido por entender que alguns shows tinham se tornado “propaganda político-eleitoral”. Caso a medida seja descumprida, será aplicada multa de R$ 50 mil por cada ato praticado.

Durante as primeiras apresentações, realizadas na sexta-feira, 25 de março, artistas como Pabllo Vittar e Marina se manifestaram politicamente contra Bolsonaro Pabllo segurou uma bandeira com o rosto de Lula e gritou: “Fora Bolsonaro”. Já a britânica soltou um “Fod… Bolsonaro”.

Além delas, o rapper Emicida também puxou coro contra Bolsonaro e convidou jovens de 15 a 18 anos a tirarem o título de eleitor. Jão, Silva, Detonautas e PK também se manifestaram durante os shows.

FAMOSOS FALAM EM CENSURA

Após a decisão do TSE, Luciano Huck foi até as redes sociais para se manifestar contra a atitude do tribunal.

“Num festival de música, quem decide se vaia ou aplaude a opinião de um artista no palco é a plateia e não o TSE. Ou ligaram a máquina do tempo, resgataram o AI-5 e nos levaram pra 1968?”, escreveu Huck.