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Vizinha do Brasil, Bolívia relata primeiro caso suspeito de Varíola e isola 16 pessoas

O afetado é um homem de 26 anos que desenvolveu sintomas após ter contato direto com duas pessoas que chegaram da Espanha, e que foram ao centro de saúde Elvira Wünderlich, onde está isolado e recebendo tratamento médico.

As duas pessoas que chegaram do exterior, além de 14 pessoas que moram na casa do afetado, estão em isolamento domiciliar há dez dias. Entre eles está a mãe e a irmã do jovem, além de outros parentes e amigos. A medida é fiscalizada pelos epidemiologistas do Serviço Departamental de Saúde (Sede).

O secretário de Saúde do Desenvolvimento Humano do Governo, Fernando Pacheco, juntamente com o Gestor de Epidemiologia da Sede, Carlos Hurtado, foram os responsáveis pela comunicação do caso esta quinta-feira, depois de visitar o doente e supervisionar a aplicação dos protocolos sanitários.
“O paciente está estável e isolado. As amostras foram colhidas para serem enviadas aos laboratórios e completar o diagnóstico”, relatou Pacheco.

"Apesar do nome, os primatas não humanos não são reservatório do vírus da varíola. Embora o reservatório seja desconhecido, os principais candidatos são pequenos roedores (p. ex., esquilos) nas florestas tropicais da África, principalmente na África Ocidental e Central", explica o guia médico.

O vírus passa de animais para humanos por meio de secreções fisiológicas, mas a transmissão entre humanos é mais difícil. Acredita-se que seja mais provável quando há contato direto e pessoal prolongado, segundo o manual.

De acordo com a OMS, o período de incubação do vírus varia entre seis e 13 dias, podendo chegar a três semanas. Os sintomas são semelhantes aos da varíola, sendo as bolhas na pele o mais característico, mas também ocorre febre, calafrios, cansaço e dores musculares. 

"Os sintomas podem ser leves ou graves, e as lesões podem ser muito pruriginosas ou dolorosas", complementa a entidade em comunicado. Os pacientes também podem apresentar linfonodos aumentados e maior risco de infecção bacteriana secundária da pele e dos pulmões.

O Manual MSD ressalta que "não há tratamento seguro e comprovado para a infecção por vírus da varíola do macaco". Os sintomas normalmente desaparecem espontaneamente.

Ministério da Saúde

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