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Venezuelano é condenado a 97 anos de prisão por incendiar lotérica e provocar mortes no Brasil

O venezuelano Luis Domingo Siso, de 63 anos, foi condenado a 97 anos e nove meses de prisão em regime fechado pelo Tribunal do Júri em Manaus. O julgamento ocorreu na segunda-feira (9) e a condenação foi pelas mortes de Stefani do Nascimento Lima, Carlos Henrique da Silva Pontes e Henison Diego da Silva, além da tentativa de homicídio contra Andrielen Mota de Assis, ocorridas após um incêndio provocado por ele em uma casa lotérica no dia 16 de agosto de 2022, por volta das 14h, no Centro de Manaus.

No interrogatório, Luis Domingo declarou que ateou fogo ao local após ter o pagamento de um bilhete de loteria supostamente premiado negado.

O Ministério Público do Amazonas sustentou a tese de três homicídios e uma tentativa de homicídio qualificados — pelo uso de fogo, recurso que teria dificultado a defesa das vítimas, além de incêndio majorado por se tratar de local de uso público.

A defesa argumentou pela desclassificação dos crimes para incêndio com resultado morte e, subsidiariamente, pediu a redução da pena com base na alegação de semi-imputabilidade do acusado.

O júri acolheu a tese do MP pela condenação do réu. O juiz determinou o imediato cumprimento da pena. Luis Domingo permanece preso desde do crime. A defesa ainda poderá recorrer da sentença.

Na denúncia, o MP defendeu que Luis Domingo premeditou o crime ao solicitar uma corrida de táxi com destino a um posto de combustível onde adquiriu R$ 300 em gasolina e, em seguida, solicitou que o motorista o levado ao Mercado Adolfo Lisboa.

As vítimas se encontravam em horário de expediente e não conseguiram deixar o local a tempo. Três delas não resistiram às lesões causadas pela fumaça e pelas chamas. A quarta vítima sobreviveu após 41 dias de internação hospitalar.

Luis Domingo foi detido por populares e espancado, até que a polícia chegou e impediu o linchamento. Durante a audiência de instrução e julgamento, o réu chegou a ofender o magistrado que presidia a audiência e abandonou a sala de vídeo da unidade prisional onde estava custodiado.

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