Na coletiva de imprensa nesta quinta-feira (30), o CEO da American Airlines, Robert Isom, demonstrou surpresa com o fato do helicóptero militar ter entrado na rota do avião de passageiros da empresa, que resultou na colisão fatal que aconteceu ontem a noite, sobre o rio Potomac, perto de Washington, nos Estados Unidos.
“Neste momento, não sabemos por que razão a aeronave militar entrou na rota do avião”, disse Isom. Uma declaração que contrasta com as declarações do secretário dos Transportes, Sean Duffy, que afirmou que os dois aparelhos estavam com um padrão de vôo normal.
“Os dois pilotos do avião da American Airlines eram experientes. Sei que o capitão tinha quase seis anos de carreira e o primeiro oficial quase dois anos”, acrescentou o CEO da companhia aérea.
Por sua vez, Duffy, não tinha informações sobre o histórico de vôo dos militares do helicóptero Black Hawk, mas assegurou que o fato de estarem em treinos não significa que os pilotos fossem inexperientes. “Essas missões servem para os nossos pilotos ganharem horas de vôo”, explicou Duffy.
“Os três militares a bordo do helicóptero BlackHawk do Exército norte-americano que colidiu com um avião de passageiros da American Airlines na noite de quarta-feira eram experientes, tinham óculos de visão noturna e estavam realizando uma missão de treino anual no momento do incidente”, comunicou o Pentágono esta quinta-feira.
O governador da Virgínia, Glenn Youngkin, indicou que o Conselho de Segurança Nacional está empenhado na investigação. “As informações iniciais eram de que era tudo normal na aproximação para a aterrissagem do vôo 5342 da American Airlines e que, de fato, os contatos tinha sido estabelecidos, tal como com o helicóptero militar”, disse Youngkin.
“Vamos esperar que todas as informações cheguem, mas do que vi até agora me pareceu que a colisão era evitável”, avaliou o secretário de Transportes.
As autoridades norte-americanas ainda continuam à procura das caixas negras do avião e do helicóptero, de acordo com uma fonte citada pela NBC News.
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