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A Bolívia decidiu recorrer à venda de ouro no exterior para obter divisas e manter as importações de combustível, que é distribuído a preço subsidiado no mercado interno, em meio a uma profunda crise econômica, informou o Ministério de Economia e Finanças nesta quinta-feira (6).
Marcelo Montenegro, titular da pasta, advertiu que, durante 2024, o Banco Central da Bolívia comprou 14,5 toneladas de ouro do setor da mineração para revendê-las diante da escassez de dólares no país. Esta receita ajuda a manter os subsídios.
A escassez de dólares criou um mercado paralelo, onde o valor da divisa americana disparou para 11,3 bolivianos, enquanto o câmbio oficial,
Embora “as operações” de compra e venda do metal precioso “ajudem” na importação de combustíveis, as exportações das empresas públicas também continuam a fazê-lo, destacou o ministro.
Para José Luis Evia, ex-membro da diretoria do Banco Central da Bolívia, a medida “não é sustentável” ao longo do tempo “porque o ouro acaba, não há disponibilidade”
Uma norma obriga os produtores auríferos a vender ao Estado boliviano a mesma quantidade que exportam.
Mas, segundo Evia, estes preferem comercializar apenas no exterior porque recebem em dólares, enquanto o Estado paga com bolivianos segundo o câmbio oficial, algo que os prejudica.
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