
Após uma reportagem expor o caso de uma paciente que aguarda há 9 anos para a realização de uma cirurgia de reversão de colostomia, em Natal (RN), a Secretaria de Saúde Pública do Estado (Sesap) descobriu que ela estava na fila errada.
A situação da dona de casa Leila Tavares, de 44 anos, foi contada na última terça-feira, 10, em um telejornal da Inter TV.
Em um primeiro momento, a Sesap se recusou a passar mais informações sobre o caso específico da paciente em função da Lei de Garantia de Proteção de Dados. Na quarta-feira, 11, porém, a pasta buscou a emissora para informar que Leila não estava na fila de regulação pelo procedimento, mas estava na de outro.
Em nota ao Terra, a Sesap disse que “alertada a respeito da informação, fez uma busca ativa para inserção da paciente na lista correta de regulação, tendo já realizado a primeira consulta de avaliação da paciente na manhã desta quinta-feira ,12, visto que para os casos de reversão de ostomia não há fila de espera”.
“A inserção de pacientes para regulação de cirurgias eletivas é feita pelos municípios, cabendo ao Estado fazer a organização e efetivação dos procedimentos”, complementou a pasta.
A dona de casa fez o primeiro procedimento em 2016, quando retirou um tumor na região abdominal. Na ocasião, foi colocada uma bolsa de colostomia para permitir a cicatrização do local operado. Ela deveria reverter o procedimento quatro meses depois.
Mas, pela demora em realizar a reversão, Leila desenvolveu uma hérnia, que a impede de usar as bolsas de colostomia convencionais. A mulher, então, passou a improvisar com o uso de sacolas plásticas no local.
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