A falta de unidade que caracteriza a bancada federal do PSL – e que ajudou o presidente Jair Bolsonaro a decidir pela desfiliação do partido – também é observada na posição dos representantes da sigla em seus Estados. À frente de três governos, a legenda se divide, ora na oposição ora na situação. E chega a ser aliada de siglas que, em 2022, terão candidatos próprios à Presidência ou que integram o Centrão, bloco partidário criticado por bolsonaristas nas redes sociais.
A participação no primeiro escalão dos governos muda de acordo com o local. No Rio, o PSL comanda as secretarias da Ciência e Amparo à Pessoa com Deficiência da gestão de Wilson Witzel (PSC). No Rio Grande do Sul, a pasta de Desenvolvimento Econômico foi entregue à legenda pelo governador Eduardo Leite (PSDB). Em Minas, o governador Romeu Zema (Novo) nomeou para a secretaria de Segurança Pública, à época, um filiado da sigla, que hoje não faz parte do partido. Esses três partidos projetam disputar o Planalto daqui a três anos.
Após se elegerem governadores na onda conservadora que deu a vitória a Bolsonaro no ano passado, Witzel e o tucano João Doria, de São Paulo, já se descolaram do governo federal em busca do mesmo eleitorado. E já são tratados como adversários pelo presidente, que passou a falar abertamente sobre sua intenção de disputar um segundo mandato.
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