Só tem um caminho para nós com a eleição do Trump, que é ter um pragmatismo na relação comercial, entendendo que os Estados Unidos são um grande parceiro comercial, que têm contenciosos mundo afora. O Brasil tem que saber separar as coisas: negócios à parte. Mas minha opinião é que a eleição do Trump deverá levar a um aumento do tensionamento da agenda do mundo, começando pela da mudança climática. Nós temos que enfrentar as mudanças climáticas, implementar o Acordo de Paris. E sabemos que o Trump tem um comportamento muito intensamente contrário àquilo que o Acordo de Paris traz. Então é um ponto de tensionamento — disse Viana na cidade japonesa de Kioto, justamente onde foi assinado o primeiro acordo internacional que estabeleceu compromissos para reduzir a emissão dos gases de efeito estufa.
Viana passou os últimos dias em Tóquio em reuniões com adidos agrícolas e diplomatas de países da região com o objetivo de estabelecer uma estratégia comercial para o Brasil na Ásia. Nesta quinta ele receberá as chaves do pavilhão do Brasil na Expo Osaka 2025, que ocorrerá entre abril e outubro. No encontro que Viana teve com os adidos e diplomatas, na Tailândia e no Japão, foi citado com frequência o impacto de fatores geopolíticos no comércio mundial.
Comentários