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Nasa planeja levar primeira mulher à Lua em 2024

Em 1969, o americano Neil Armstrong marcava a história após se tornar o primeiro homem a pisar na Lua. Depois dele, outros 11 astronautas alcançaram o feito, sendo o último Harrison Schmitt, em 1972. Em 2024, a Nasa quebrará um hiato de 52 anos sem viajantes espaciais no satélite. De quebra, mandará a primeira mulher à Lua.

Ainda não foi decidido qual astronauta será escolhida, mas a Nasa conta agora com 12 opções de profissionais experientes, que já trabalhavam com a agência espacial, e outras cinco astronautas recém-formadas. De toda forma, a preferência deve ir para alguém que já foi até a Estação Espacial Internacional, na órbita terrestre. A escolhida não irá sozinha, mas acompanhada de um astronauta homem – o qual também ainda não foi anunciado.

A viagem faz parte da Missão Artemis – deusa da Lua e irmã gêmea de Apolo na mitologia grega. O lançamento será feito pelo foguete Space Launch System (SLS) e os astronautas devem voar à bordo da cápsula Orion. Excluindo os custos de desenvolvimento do foguete e cápsula, a Nasa planeja desembolsar US$ 28 bilhões, pedindo ainda um reforço de US$ 3,2 bilhões ao Congresso americano para a construção do sistema de aterrissagem.

O alto custo, no entanto, faz parte de um movimento estratégico. É um esforço dos Estados Unidos renovar a liderança americana no espaço, já que outras potências estão surgindo em sinal de ameaça. No início de 2019, a China se tornou o primeiro país a pousar um rover no lado oculto da lua,

a fim de coletar amostras do solo para serem estudadas por aqui. Recentemente, a Índia tentou aterrissar em território lunar, mas não foi bem-sucedida.

A missão funcionará em fases: A primeira, no outono de 2021, deve promover um voo teste de um mês ao redor da Lua; a segunda repetirá a mesma viagem, mas agora com astronautas à bordo; após um último teste para que os astronautas pilotem manualmente a cápsula Orion e comprovem a segurança no manuseio, será feito o pouso na Lua.

 

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Mulheres no espaço 

Ao todo, 566 astronautas já visitaram o espaço, sendo apenas 64 mulheres (11%). A primeira foi Valentina Vladimirovna Tereshkova, uma astronauta russa que orbitou a Terra por três dias em 1963.

A falta de mulheres não significa apenas um problema de representatividade. É, também, um empecilho científico. Isso porque os dados sobre a resposta do corpo feminino ao espaço são limitados. Sabe-se que as mulheres sofrem mais enjoos no espaço e ao retornar à Terra, enquanto os homens são mais propensos a desenvolver problemas oculares. Além disso, as mulheres têm mais chances desenvolver cânceres baseados em radiação, mas nada disso é impeditivo para as viagens. Pelo contrário, conhecer o problema pode ajudar os cientistas a trabalharem nele, desenvolvendo trajes mais volumosos e seguros, por exemplo.

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