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Mais aumento, a chance de “segurar preços” acontecer é nenhuma, diz Presidente da Petrobras

A afirmação ocorreu em evento do banco Credit Suisse; segundo ele, congelamento do valor da gasolina e do diesel pode gerar desabastecimento.

presidente da Petrobras, Joaquim Silva e Luna  afirmou há pouco, durante evento online do banco Credit Suisse, que a estatal não “pode segurar os preços” dos combustíveis. Segundo ele, a empresa tem se esforçado em explicar aos parlamentares e aos cidadãos os eventuais prejuízos de congelar os valores cobrados pela gasolina e pelo diesel.

“A gente tem visto que isso tem sido entendido, que não seja a Petrobras a segurar preços. [A empresa] trabalha em cima da legalidade, tem de praticar preços de mercados. E sabemos do prejuízo que é tentar segurar preços de forma artificial. Primeiro vamos perder muitos investimentos, dificultar importação”, disse.

“A chance disso (segurar preços) acontecer é nenhuma”, disse o general da reserva. “Eu considero zero. A Petrobras é uma empresa muito bem regulada, com normas de conformidade. Nenhum colegiado vai aprovar uma coisa dessas”, disse.

“Nosso presidente (Jair Bolsonaro), ministro de Minas e Energia (Bento Albuquerque), ministro da Economia (Paulo Guedes), todos estão convencidos que isso não é solução, é destruição do esforço que foi feito para recuperar a companhia”, destacou Luna.

Fundo em debate

A Petrobras, no entanto, apoia estudos para soluções, dentro do governo, para evitar as volatilidades e altas expressivas de preços. Há discussões para uso de recursos públicos que sirvam como um “colchão” para amortecer os valores dos combustíveis. “Uma solução está sendo construída com nosso presidente e com vários ministérios… tem países que já usam e tem um fundo para ser usado em momentos de dificuldades”, explicou.

Luna reconheceu que, se dólar e Brent continuarem subindo, a estatal terá que voltar a discutir a possibilidade de mudanças estruturais de cenário. “Estamos na tempestade perfeita. O dólar deu uma descolada monstruosa e até incompreensível… todos no Brasil torcem pela queda do dólar, mas eu torço mais que todo mundo”, afirmou.

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