A pane que atingiu o avião presidencial nesta terça-feira (1º) foi alvo de broncas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ainda durante as manobras realizadas para pousar em segurança no México.
A situação gerou mal-estar no comando da Força Aérea Brasil (FAB) e levou o presidente a pedir desculpas aos integrantes da comitiva pelo susto. Segundo relatos à CNN, Lula disse que o Brasil não pode carregar o presidente do país em uma aeronave passível de falhas, como a que ocorreu.
Estavam no avião: a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves; as senadoras Soraya Tronicke (Podemos-MS) e Tereza Leitão (PT-PE); o indicado à presidência do Banco Central, Gabriel Galípolo; o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues; o chanceler Mauro Vieira; e a primeira dama Rosângela Lula da Silva, a Janja. Os passageiros perceberam algo errado ao ouvir um barulho logo após a decolagem. Lula, que estava sentado perto dos convidados, então se levantou e foi pessoalmente ao piloto. Após informar o presidente sobre a situação, o próprio piloto se dirigiu aos passageiros. Explicou que houve uma falha na turbina e que a decisão mais segura seria voar em círculos para queimar combustível, retornar ao México, pousar e trocar de aeronave.
O tom adotado pelo piloto, ainda de acordo com passageiros, foi de segurança, sem alarde ou omissão de informações. Houve expectativa inicial de que seriam duas horas de sobrevoo sobre o México. Passados os 120 minutos, no entanto, a aeronave ainda permanecia pesada, o que obrigou o piloto a manter mais duas horas e meia de voo antes do pouso em segurança. Durante esse período, Lula também teria ficado irritado por não conseguir manter contato com o Palácio do Planalto, visto que a internet estava oscilando e os telefones da aeronave sem funcionar. Como a CNN divulgou, o ministro da Defesa, José Múcio, interrompeu as férias para voltar a Brasília e se encontrar com Lula, nesta quinta-feira (2), para falar do problema. A FAB vai investigar o caso.
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