Sabrina Saraiva, conhecida como Jean Grey, conquistou o título de “vagina mais bonita do Brasil” no concurso nacional que chegou ao fim em 2024. Representando o Rio de Janeiro, a candidata somou mais de 63 mil votos, o equivalente a 56,75% da votação total, garantindo o prêmio de R$ 10 mil. Este é o segundo ano consecutivo que o título é levado por uma carioca, reforçando a presença do estado no evento.
Um concurso polêmico que atraiu milhares de votantes
O concurso, que visa celebrar a beleza íntima feminina, é organizado anualmente e atrai candidatas de todas as regiões do país. Nesta edição, mais de 5 mil mulheres se inscreveram, mas apenas 27 finalistas foram selecionadas, representando cada estado brasileiro e o Distrito Federal. A votação foi aberta ao público, que totalizou mais de 111 mil votos populares, um aumento expressivo em relação ao ano anterior.
Critérios de participação e regras do concurso
Para participar, as candidatas precisavam seguir regras rigorosas. As vulvas apresentadas não podiam ter passado por procedimentos estéticos, uma exigência que visa garantir a naturalidade das participantes. Além disso, as fotos enviadas para a votação popular não podiam revelar o rosto das candidatas, evitando que fatores externos influenciassem a decisão dos votantes.
O conceito do concurso foca na valorização da beleza natural, destacando as características íntimas sem intervenções cirúrgicas. Essa abordagem busca promover uma discussão sobre aceitação e respeito às diferentes formas e belezas femininas, ainda que o tema gere debates sobre objetificação.
Resultado da votação e as finalistas
A competição, acirrada principalmente entre as representantes do Rio de Janeiro e do Ceará, terminou com Sabrina Saraiva levando a coroa com 56,75% dos votos, enquanto a candidata cearense ficou com 40,94%. As outras finalistas, representando Santa Catarina e Espírito Santo, receberam 1,98% e 0,33% dos votos, respectivamente, sem conseguir uma grande mobilização popular.
O alto número de votos reflete o crescimento de interesse pelo concurso, que se tornou um fenômeno nas redes sociais, especialmente entre os seguidores das candidatas e do público que acompanha temas de sexualidade e empoderamento feminino.
A idealização do concurso
Ana Otani, influenciadora e criadora de conteúdo adulto, é a responsável pela idealização do concurso. Em uma entrevista anterior, Otani explicou que a ideia surgiu a partir das interações com seus seguidores, que sugeriram a criação de uma competição envolvendo suas amigas criadoras de conteúdo. O evento foi desenhado para destacar a “beleza íntima natural” das mulheres brasileiras, segundo Ana.
Otani também compartilhou que espera que o concurso continue a crescer e que a aceitação pública se amplie. “Estamos apenas mostrando a beleza íntima natural das mulheres brasileiras”, comentou a influenciadora, que reconhece que, apesar do sucesso, o concurso ainda enfrenta resistência por parte de alguns setores da sociedade.
Representatividade e diversidade no concurso
O concurso tem buscado representar a diversidade das mulheres brasileiras, trazendo candidatas de diferentes estados e com variadas características físicas. As candidatas, ao longo do processo, relatam a importância de estarem inseridas em uma competição que destaca a individualidade de cada uma, sem estereótipos.
Apesar do foco no visual, as participantes enfatizam o empoderamento que sentem ao representar sua beleza natural em um concurso público. Elas destacam que a aceitação do próprio corpo e a autoestima são temas centrais na competição, sendo a beleza íntima apenas um dos aspectos trabalhados.
Repercussão nas redes sociais
As redes sociais desempenharam um papel fundamental para o sucesso do evento. A mobilização online, tanto das candidatas quanto de seus seguidores, foi essencial para alcançar a grande quantidade de votos que definiu a campeã. O evento foi amplamente discutido e gerou uma grande repercussão nas plataformas digitais, com debates sobre a objetificação do corpo feminino, a aceitação da própria imagem e a naturalidade do concurso.
A participação ativa do público online foi uma característica marcante do concurso deste ano. Com a popularidade das redes sociais, os concursos que envolvem beleza e empoderamento íntimo ganham cada vez mais visibilidade, criando um espaço de diálogo entre os usuários.
A relação com a cultura do corpo e aceitação
Embora o concurso tenha sido criticado por alguns por reforçar padrões de objetificação, as organizadoras e participantes defendem a iniciativa como uma forma de empoderamento feminino. A ideia central é que as mulheres possam se sentir confortáveis com seus corpos e encontrar na competição uma maneira de reforçar a aceitação de suas formas naturais.
A criadora do concurso, Ana Otani, reforça que a proposta é levar o público a refletir sobre a beleza além dos padrões estéticos impostos pela sociedade. “Queremos que as mulheres se sintam bem com quem são e aceitem suas próprias características. A beleza está na diversidade e na singularidade de cada uma”, afirmou Otani.
O crescimento do concurso e expectativas para o futuro
Com o aumento da participação e do engajamento nas redes sociais, a expectativa é de que o concurso continue a expandir nos próximos anos. Ana Otani já manifestou seu desejo de atingir um público ainda maior em futuras edições, buscando consolidar o evento como uma plataforma de empoderamento feminino.
Além disso, a organização espera que o concurso continue fomentando debates sobre aceitação do corpo e autoestima, temas que são cada vez mais discutidos na sociedade contemporânea, especialmente em plataformas digitais.
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