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Bolsonaro: ‘Interesse na Amazônia não é no índio, nem na p… da árvore’

O presidente Jair Bolsonaro subiu o tom contra países estrangeiros que se disponibilizaram a oferecer ajuda ao país para combater os incêndios florestais e a exploração ilegal na região Amazônica e criticou que o “interesse na Amazônia não é no índio, nem na p… da árvore. É no minério”.

A frase do chefe do Executivo federal foi dita a um grupo de garimpeiros da Cooperativa de Mineração dos Garimpeiros de Serra Pelada (Coomigasp), do Pará, na frente do Palácio do Planalto, nesta terça-feira (1º/10). Ele repudiou a forma como “o nosso minério é doado para outros países”, e prometeu divulgar um vídeo de um cientista russo sobre a exploração do grafeno brasileiro para ajudar a “abrir a cabeça da população”.

“No vídeo, esse físico fala: “até quando o Brasil via viver de exportar commodities?”. O que é commodity? É minério, por exemplo, que vai acabar um dia. Tira-se tanto e vai acabar um dia. E nós não agregamos valor a isso daí”, alertou Bolsonaro.

Logo após, o presidente teceu, novamente, críticas ao líder indígena Raoni Metuktire. “O Raoni fala pela aldeia dele, fala como cidadão. Não fala por todos os índios, não. É outro que vive tomando champagne em outros países por aí, esse tal de Raoni aí”, declarou.

Na conversa com os garimpeiros, Bolsonaro foi informado de que a mineradora Vale do Rio Doce estaria explorando ilegalmente o garimpo de Serra Pelada. “Nós já sabemos do problema. Agora, sei que vocês têm dificuldade com legislação. Sei disso. Se eu tenho, quem dirá vocês. Mas temos gente para buscar uma maneira de solucionar ou mostrar para vocês que não dá que se exploda todo mundo. Mas a gente vai chegar no final da linha”, prometeu o presidente.

Bolsonaro ainda falou aos manifestantes que “vocês são brasileiros que não podem viver como pobre em cima de terra rica”. “Esse Brasil é nosso. O Brasil é soberano sobre a Amazônia. Fiz um discurso na ONU (Organização das Nações Unidas) de independência, mostrando que mudou o governo do Brasil. Não tem mais gente para ir lá, falar abobrinha, ser aplaudido e não resolver porra nenhuma. Vamos ter que buscar a solução para isso”, afirmou.

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