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Bolsonaro chama Petrobras de “monstrengo” e volta a falar em privatização

O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre privatização da Petrobras. Nesta quarta-feira (10), Bolsonaro chamou a estatal de “monstrengo” durante entrevista.

Na visão do presidente, a Petrobras trabalha para que seus acionistas não tenham prejuízos. Bolsonaro tem criticado com frequência nos últimos dias a distribuição de lucros da Petrobras a seus acionistas e reforçou isso hoje na entrevista à Rádio Cultura, do Espírito Santo.

A União é o maior acionista da Petrobras e, consequentemente, a maior beneficiária dos dividendos pagos pela estatal.

A alta dos preços dos combustíveis, que têm sido constantemente reajustados pela Petrobras, está entre os fatores por trás da queda na aprovação de Bolsonaro e de seu governo, de acordo com pesquisas de opinião.

“Colchão tributário”

O ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, disse nesta terça-feira (9) que o governo estuda criar um “colchão tributário” e uma reserva estabilizadora de preços para conter a alta no preço dos combustíveis. Albuquerque fez a afirmação durante audiência na Comissão de Infraestrutura do Senado, mas não explicou como as medidas funcionariam nem quando seriam anunciadas. Ele ainda destacou que a redução de tributos para resolver o problema dependerá de compensações.

“Alguns tributos já foram reduzidos, outros estão em análise, tem que haver compensação. O colchão tributário, que é uma medida que pode permitir, ao longo do tempo, que essas variações dos preços do petróleo e também dos combustíveis sejam compensadas de alguma forma. E uma reserva estabilizadora de preço, que seria uma reserva de capital que pudesse ser aplicada quando houvesse uma volatilidade muito grande”, informou o ministro.

Na última semana, o preço da gasolina subiu novamente e já chega a custar R$ 7,999 por litro em Bagé (RS), onde a pesquisa da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis) encontrou o maior valor. Na média nacional, o combustível foi vendido a R$ 6,710 por litro, alta de 2,2%, ainda com repasses do último reajuste promovido pela Petrobras, de 7%, no fim de outubro. O valor é um novo recorde desde que a ANP começou a compilar os preços dos combustíveis no país, em 2002.

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