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Roubo de fios na fronteira provoca prejuízos e transtornos para a população de Brasiléia e Epitaciolândia

Cidade de Brasiléia ficou 100% sem o serviço da empresa DSTelecom e Epitaciolândia cerca de 50%

O roubo de cabos de telecomunicação continua a causar transtornos para moradores de municípios na fronteira do Acre, prejudicando serviços essenciais e expondo a ausência de punições mais severas para os responsáveis.

Na manhã deste domingo (12), a empresa DSTelecom mobilizou equipes de emergência para restaurar a comunicação via fibra ótica, após mais um ataque de ladrões. A prática criminosa, motivada pelo interesse no cobre presente nos fios, gera prejuízos econômicos e compromete serviços como acesso à internet, comunicação emergencial, atividades educacionais e comerciais.

A interrupção de serviços causada pelo roubo de fios afeta diretamente os moradores, dificultando transações financeiras, estudos, contatos com autoridades e até o acesso a atendimento médico. Em áreas de fronteira, como Brasileia e Epitaciolândia, onde a prática é recorrente, a situação é agravada pela facilidade de atravessar os cabos roubados para o lado boliviano, onde são trocados por pequenas quantias em dinheiro.

Os prejuízos vão além das empresas de telecomunicação, que são obrigadas a mobilizar equipes em regime de hora extra para restaurar os serviços. A comunidade também enfrenta os custos indiretos da prática, seja em termos de perda de oportunidades ou na limitação de acesso a serviços básicos.

Vício alimenta o crime

O roubo de fios tem sido associado, em grande parte, ao consumo de substâncias psicoativas. Dependentes químicos costumam carregar os cabos furtados amarrados ao corpo para atravessar a fronteira, onde os trocam por dinheiro ou drogas.

A falta de uma legislação rigorosa que puna o roubo de cabos e a receptação de materiais roubados é um dos fatores que perpetua o problema. Apesar das operações policiais em ferros-velhos, locais frequentemente associados à receptação do cobre furtado, a reincidência do crime demonstra a necessidade de uma resposta mais severa por parte das autoridades.

Empresas e autoridades locais têm pressionado por medidas mais eficazes para coibir a prática, que prejudica a economia, a segurança e o bem-estar da população.

Informações Alexandre Lima/oaltoacre

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