
Mais de uma semana após a morte da assessora jurídica Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, atropelada durante uma confusão em uma casa noturna, em Rio Branco, o principal suspeito do crime, Diego Luiz Gois Passo, de 27 anos, continua foragido. A Justiça decretou a prisão temporária dele no dia 22, mas até esta terça-feira (1), ele não se apresentou à polícia.
Juliana era servidora do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC) e morreu horas depois de ser atingida por uma caminhonete na madrugada do sábado (21). O atropelamento aconteceu por volta das 5h48, após um tumulto na saída da boate localizada na Rua São Sebastião, no bairro Isaura Parente.
Em informações obtidas pelo portal G1, a defesa do suspeito afirmou que ele só se apresentará após a revogação do mandado de prisão. “Ainda não saiu decisão. Só vamos impetrar habeas corpus caso a decisão venha no sentido negativo. Mas estamos aguardando ainda”, declarou o advogado Felipe Munoz.
No entanto, o advogado Vandré Prado, que representa a família da vítima e também é primo de Juliana, foi categórico: “A defesa tenta fazer um jogo de narrativa. O fato concreto é que ele tem sim um mandado de prisão expedido e não cumprido. Ele é considerado foragido.”
A família da servidora cobra justiça e repudia a tentativa de flexibilizar a responsabilidade do acusado. “Ele quer matar e seguir a vida, respondendo em liberdade e vivendo normalmente. Para ser mais claro, o recurso deles não suspende o efeito do mandado. Confiamos no Judiciário para manter a prisão e na polícia para localizar e que ele possa ter o direito de se defender, preso, como prevê a lei. Mesmo preso e julgado, terá mais direito do que a Juliana teve”, declarou Vandré.

Imagens de câmeras de segurança registraram o momento do atropelamento, o que levou a Polícia Civil a pedir a prisão de Diego Luiz Gois Passo. A defesa do acusado afirma que ele não viu Juliana antes do impacto e que teria tentado retornar para socorrer a vítima, mas se assustou com a aglomeração de pessoas e fugiu. A versão ainda é investigada.
O delegado Cristiano Bastos, do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pelo caso, ainda não se manifestou sobre o andamento da busca pelo acusado.
A morte de Juliana causou grande comoção entre familiares, colegas de trabalho e amigos. Enquanto o acusado permanece foragido, a família espera por respostas e justiça.
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