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No Acre, técnica é indiciada por causar queimaduras em bebê após banho com água quente em maternidade

A técnica de enfermagem da Maternidade Irmã Maria Inete, em Cruzeiro do sul, no interior do Acre, uqe deu o bnaho na pequena Aurora Maria e causou queimaduras de 2º e 3º graus o banho, em junho deste ano, foi indiciada pelo crime de lesão corporal gravíssima.

O inquérito policial foi concluído. A Secretaria de Saúde do Acre (Sesacre) confirmou que o procedimento administrativo disciplinar (PAD) instaurado para apurar a conduta da servidora será concluído até 15 de agosto.

Como o nome da servidora foi divulgado, o g1 não conseguiu localizar a defesa dela.

O delegado Vinicius Almeida, responsável pelas investigações, explicou que a conclusão aconteceu nesta quinta-feira (7), após a última pessoa ser ouvida, a mãe de Aurora, que retornou a Cruzeiro do Sul junto com a filha na quarta (6).

“Também foi feito o exame de corpo de delito complementar, quando o médico legista atestou que a criança, infelizmente, vai ficar com algumas deformidades permanentes, fazendo com que o crime de lesão corporal, até então de natureza grave, resultado pelo perigo de vida que a criança sofreu, passou a ser uma lesão corporal de natureza gravíssima“, disse ele.

Vinicius informou que o Código Penal prevê uma pena de dois a oito anos quando há a deformidade permanente, o que foi atestado pelo médico.

“Praticamente todas as pessoas que estavam no local foram ouvidas, presencialmente ou por videochamada. Perícias foram realizadas, comprovando que a água extraída do chuveiro utilizado para o banho pode chegar a 57°C. Não sabemos ao certo a temperatura [na hora do banho], mas é certo que a temperatura da água estava sim elevada, e isso foi resultado das queimaduras dela”, assegurou.

O delegado pontuou que além do último depoimento, estava aguardando o resultado da biópsia que descartou a doença rara epidermólise bolhosa, primeira suspeita apontada pela equipe médica do Acre.

“O laudo deu negativo e comprovou que a criança não é portadora de nenhuma doença. Se ela fosse, até o próprio contato físico com a pele poderia causar bolhas. No entanto, ficou comprovado que ela não tem essa doença e, portanto, as queimaduras foram resultado de uma temperatura excessivamente elevada da água que foi utilizada no banho”, concluiu.

Técnica disse que testou temperatura

Sobre o depoimento da funcionária da maternidade, o delegado destacou que, durante o interrogatório, a mulher negou que a água estivesse quente e declarou que havia testado a temperatura.

“Ela disse que testou a temperatura da água no pulso, no entanto, é uma controvérsia com relação a todas as outras pessoas que foram ouvidas desse fato”, complementou.

Vinicius detalhou que outra criança banhada pela mulher antes de Aurora só não sofreu queimaduras pois o pai demorou a entregá-la para a profissional.

“A água na banheira ficou esperando durante, aproximadamente, 4 minutos, ou seja, deu um prazo dela esfriar. Segundo o pai dessa criança, ele levou o bebê para limpá-lo e o lavou em uma água fria antes de receber o banho. Mesmo assim, quando a enfermeira acabou de dar o banho, percebeu que o bebê estava com a temperatura elevada”, explicou.

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