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Na terra do mandi, Prefeito disse que paga do bolso dele mais de 13 mil reais em energia para a prefeitura

O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) em Sena Madureira decidiu ir além das investigações sobre má conservação e prazo de validade em mercadorias destinadas à merenda escolar do município – uma operação desencadeada na última quarta-feira (30).

Na manhã desta quarta-feira (30), os promotores de Justiça Luís Henrique Rolim, titular da Promotoria Cível de Sena Madureira, e Daisson Gomes, promotor de Justiça substituto, voltaram às ruas do município, acompanhando de técnicos da área de energia elétrica e da vigilância sanitária, para novas investigações.

Atendendo a denúncia de moradores do município, de que a energia da residência particular do prefeito vem sendo paga com recursos da prefeitura, os promotores decidiram ir até a residência de Mazinho Serafim para constatar as possíveis irregularidades.

É que o prefeito aproveitou o espaço onde funcionava a “Casa do Seringueiro”, de sua propriedade, para lotar ali a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Sensur), sob a alegação de que a Prefeitura Municipal não dispunha de recursos para pagar o aluguel pelo espaço onde são guardadas máquinas e outros veículos pesados. Como o prefeito também mora nas imediações do barracão, os promotores pediram a Energisa, empresa privada de fornecimento de energia elétrica no Estado, que aferisse os medidores para saber o consumo e descobrir quem paga a conta de quem – se o prefeito paga para a prefeitura ou se beneficia do pagamento da Prefeitura no consumo da energia em sua residência particular. A Energisa teria constatado que casa espaço teria seu medidor.

Outra investigação dos promotores, vai buscar informações sobre como e em que condições Mazinho Serafim se apropriou do espaço onde funcionava a “Casa do Seringueiro”. É que ali, até o final da década de 1990, funcionava a “Cooperativa Chico Mendes”, e de repente desapareceu da cidade o antigo administrador do local, Adão Costa, e Mazinho Serafim surgiu como único dono de um espaço no qual funcionava uma cooperativa com vários sócios. Os promotores buscam informações sobre o paradeiro de Adão Costa.

Mazinho, em sua residência, se explicando para investigadores do Ministério Público/Foto: Internet

Assim que soube que as contas de energia consumida em sua casa e no barracão de propriedade onde estão as máquinas da Prefeitura, o prefeito Mazinho Serafim, que estava na zona rural, retornou as pressas à cidade. Numa entrevista a uma rede social e disponibilizada em vídeo na internet, o prefeito disse que as denúncias partiram de seus opositores, “que nem fazer denúncias direito sabem fazer”.

Para Mazinho, seus opositores deram com os ‘burros n’agua’ porque ele vai conseguir provar que, ao invés de se beneficiar, esta ajudando a Prefeitura ao ceder o barracão à “zero-800” (custo zero), ainda por cima, pagar do próprio bolso a conta de energia no local. E não é qualquer coisa: o último talão veio na quantia de R$ 13 mil. “Eu pago porque é a minha empresa que está ajudando a Prefeitura”, disse.

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