Com rajadas de ventos de alta potência, a zona urbana de Mâncio Lima teve casas e órgãos públicos destelhados e destruídos, fiações danificadas, árvores arrancadas, entre inúmeras outras ocorrências.
Casas destelhadas, momentos de desesperos, restos de materiais espalhados pelas ruas, fiações danificadas, árvores arrancadas pelo tronco e arremessadas nas principais vias de trânsito, escolas com parte do forro e cobertura destruída e muito entulho espalhado pelas ruas. O cenário desolador foi o que os moradores de Mâncio Lima presenciaram ao acordar na manhã desta quinta-feira, 14, após a passagem de uma forte ventania que a atingiu a zona urbana da cidade. No começo do mês, foi a zona rural a ser atingida com mais de 60 famílias afetadas diretamente.
“O cenário é triste e com percas grandes para as pessoas que foram atingidas por este vendaval. Ontem mesmo, quando começaram as rajadas de ventos já era possível ver os estragos e acompanhar os relatos nas redes sociais. A zona rural já havia sofrido com este mesmo fenômeno natural e, já havíamos decreto situação de emergência. São danos significativos, alguns parciais e outros com perca total de seus patrimônios e os bens materiais. O momento é de solidariedade, arregaçar as mangas e correr atrás de recursos para ajudar estas pessoas na reconstrução de suas casas”, falou Isaac Lima, Prefeito de Mâncio Lima.
“Estamos correndo atrás de recursos para reconstruir as casas, órgãos públicos e todos os prejuízos gerados pelos desastres. Recebi a ligação do Deputado Federal Roberto Duarte que está em Brasília articulando com os demais parlamentares federais para que possamos ter recursos liberados o mais rápido possível e assim possamos amenizar a situação das famílias afetadas. Já refizemos o Decreto, incluído os novos lugares e bairros que foram atingidos, e agora é correr contra o tempo e pedir a Deus que eventos como este não aconteçam mais”, destacou Isaac Lima.
A gestão tomará medidas urgentes para esse primeiro momento, até esta sexta-feira, 15, será feito o levantamento das famílias atingidas e os prejuízos causados. Os bairros mais atingidos foram Anselmo Maia, São Vidal, São Francisco, Bandeirantes, Bairro Cocal e parte do Centro.
No Complexo Esportivo Totão, a cobertura do palco foi retorcida e, a força exercida exercida sob a estrutura de aço fez com que a cobertura fosse toda abaixo sob o camarim, um prejuízo de mais de R$ 300 mil. Ao redor do complexo, dezenas de casas foram destelhadas. O bairro São Vidal foi um dos mais atingidos.
A dona de casa Maria Angélica, mãe de dois filhos ainda não consegue acreditar no que aconteceu com sua residência, a casa foi parcialmente destelhada e os eletrodomésticos encharcados da chuva.
“Eu estava no hospital com meu esposo e a minha irmã que ligou pra me falar do que havia acontecido e, quando cheguei em casa e vi a situação fiquei mal, em choque, sem acreditar que um sonho realizado havia sido destruído, colchão, sofá, geladeira tudo molhado, mas, tudo é providencia de Deus, contra a força da natureza não podemos fazer nada, agora é levantar a cabeça e reconstruir o que foi destruído”, citou Maria Angélica.
Mas, os estragos não foram somente em residências, comércios tiveram suas fachadas arrancadas, barracas e quiosques de pequenos empreendedores arremessadas a metros de distância e duas cerâmicas sofreram sérios danos em sua estrutura. Na cerâmica do Ex-prefeito Paulo Dene o prejuízo ainda não foi calculado, mas, pelo estrago feito, o valor não é menos do que R$ 150 mil, o galpão de queima dos tijolos teve sua estrutura de aço retorcida e derrubada, já no galpão de secagem dos tijolos não sobrou nada. A cerâmica estava com data prevista para voltar a funcionar no mês de outubro, de acordo com os proprietários a única saída e contabilizar o prejuízo e recomeçar.
Mais de 80 famílias dos bairros afetados, até a manhã desta quinta-feira, já haviam procurado a Defesa Civil para relatar os estragos feitos pela ventania. As equipes das Secretarias de Obras, Saúde, Assistência Social, Meio Ambiente, Educação, Produção, Transportes e Defesa Civil continuam em campo prestando assistência as famílias.
A tradicional feira local e da agricultura familiar, o Festival do Coco foi cancelado, a festa iria acontecer no mês de novembro, porém, com os estragos no Complexo Esportivo Totão e solidária a situação das mais de 200 famílias a gestão resolveu suspender o evento. O foco agora é prestar toda atenção às vítimas das três tempestades ocorridas neste mês, no município.
De acordo com previsões meteorológicas o Município pode ser atingidos por novas tempestades e rajadas de ventos nos próximos dias.
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