O Ministério Público do Estado do Acre (MPAC), por meio do Grupo de Trabalho na Defesa das Pessoas com Transtorno do Espectro Autista (GT-TEA), deu início ao projeto “TEA – Eles não estão sós”. A iniciativa, que deve chegar aos 22 municípios do Acre, foi levada inicialmente para Brasileia, Epitaciolândia e Assis Brasil, no período de 2 a 12 de agosto.
O projeto tem como objetivo realizar um levantamento estimativo do nível de diagnóstico de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA) no estado e de implementação de políticas públicas voltadas para essa população subsidiadas pelo poder público estadual e municipal. Além disso, visa promover campanhas de esclarecimento e oficinas para os agentes políticos e gestores estaduais e municipais, estatais, terceiro setor e sociedade civil.
A ideia é preencher uma lacuna significativa de informações sobre a população TEA no Acre, permitindo aos gestores públicos identificar necessidades e buscar melhorias no atendimento, acesso a terapias e medicamentos. A pesquisa abrange diversos aspectos, como o quantitativo de pessoas por município, acesso a terapias e medicamentos, além de avaliar a rede de atendimento nas escolas e unidades de saúde.
A coordenadora do GT-TEA, procuradora de Justiça Gilcely Evangelista, destacou a relevância da iniciativa e pediu a colaboração da sociedade para participar do levantamento.
“Esse projeto é importante para a nossa comunidade como um todo, para a sociedade, pois vai criar um diagnóstico inédito no Brasil, abrangendo tanto pessoas com laudos quanto aquelas em processo de investigação”, afirmou.
As atividades na região envolveram rodas de conversa humanizada com a Associação de Pais e Mães, visando compreender suas necessidades, além de reuniões com gestores e visitas técnicas a órgãos públicos, escolas e unidades de saúde.
O promotor de Justiça Juleandro Martins, responsável por executar o projeto na região do Alto Acre, também enfatizou sua importância. “Certamente é um projeto que vai contribuir muito para a nossa população conseguir ter acesso aos diagnósticos, laudos, terapias, medicamentos e às políticas públicas de modo geral”, disse.
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