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Famílias desabrigadas por conta das chuvas no Acre começam a retornar para casa

Cerca de 103 famílias, com mais de 390 pessoas, desabrigadas pela enxurrada dos igarapés, em Rio Branco, estão retornando para casa na manhã desta quarta-feira (31). Os moradores estavam nas escolas Álvaro Rocha e Anice Jatene e no Centro Cultural Mestre Caboquinho deste a última sexta (26).

Rio Branco vive, em pleno mês de dezembro, um cenário que não se repetia há 50 anos para a época: alagações provocadas por fortes chuvas registradas na última semana que fizeram igarapés e o Rio Acre transbordarem no sábado (27). A situação atípica já atinge mais de 20 mil pessoas.

Até esta terça (30), segundo a Defesa Civil de Rio Branco, choveu 561 milímetros na capital. A média esperada para o mês era em torno de 265 milímetros.

As águas do Rio Acre, principal manancial da capital acreana, seguem recuando e marcam 14,75 metros – 75 centímetros acima da cota de transbordo – nesta terça.

Os moradores retornam para casa recebem um sacolão, kit limpeza e assistência do órgão até suas residências. As famílias são de regiões dos bairros Conquista, da Paz e Parque das Palmeiras.

A autônoma Ana Maria mora no bairro da Paz há 25 anos e sabe bem a rotina de ter que sair de casa durante a alagação. Este ano, contudo, foi surpreendida pela enxurrada das igarapés e precisou arrumar tudo e ficar em um abrigo.

Nessas idas e vindas para abrigos, Ana Maria sempre perde ou tem os móveis danificados. “Minha TV de 50 polegadas foi quebrada, minhas coisas chegaram molhadas, ninguém não aguentam mais. Só estou indo também mais para casa porque meu irmão está vindo de Manaus para me ver. A gente está mais que de 25 anos que não se vê”, lamentou.

Jair Carlos vive no Bairro Habitasa há 13 anos. À Rede Amazônica Acre ele contou que conseguiu retirar apenas uma pasta com documentos que estava na sala. O restante dos pertences ficou debaixo d’água.

“Perdi minha televisão, cama box, geladeira, armário. Liguei três dias antes para os bombeiros, mas não vieram. Quando chegaram estava tudo inundado”, relembrou.

g1

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