
Após três dias com as aulas suspensas, os alunos da Escola Estadual Rural Limoeiro Anexo, na zona rural do Bujari, interior do Acre voltaram a estudar na última segunda-feira (9). Porém, o local utilizado como colégio segue o mesmo: um casebre em meio ao matagal com apenas alguns pilares de madeira sob telhas, sem paredes e sem assoalho, no chão de barro.
As aulas foram suspensas pelo núcleo da Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEE-AC) no Bujari. O objetivo do núcleo era que as aulas seguissem dessa forma até que a nova escola, que está em construção em uma outra área da região, fosse entregue.
Contudo, a SEE-AC informou que não foi comunicada da decisão e determinou o retorno das aulas.
Na última terça (3), o g1, junto à TV Globo, foi até a região para mostrar um pouco da realidade dos estudantes que, em meio às maiores adversidades imagináveis, nutrem, principalmente, a esperança por um futuro melhor.
As equipes de reportagem retornaram ao local nessa segunda-feira. A professora Célia Amorim ficou responsável por avisar os alunos da volta às aulas, contudo, disse que não conseguiu comunicar todos a tempo e, por isso, o número de alunos foi pequeno.
“Nem todos têm acesso à internet e não consegui comunicar a todos”, lamentou.
A região conta com uma escola maior e com mais estrutura, a Escola Limoeiro principal. Entretanto, a localização é ainda mais distante que o anexo e, por conta das condições do ramal, é difícil chegar até lá. O transporte escolar só vai até uma outra escola rural, em quilômetros anteriores ao Limoeiro.
Por conta disso, há cerca de três anos foi montada a sala improvisada para atender aos alunos da comunidade. Contudo, o que deveria ser uma solução provisória se tornou a única opção para estes estudantes.
A reportagem foi exibida no Fantástico desse domingo (8) e comoveu com a falta de estrutura do local disponibilizado aos alunos.
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