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Empresária nega arrastão em restaurante de Rio Branco, Governo também se manifesta

Após circularem informações sobre um possível arrastão em frente ao Restaurante Manto Verde em Rio Branco, na Estrada do Amapá, que teria vitimado no mínimo 10 pessoas na tarde deste domingo (27), uma das proprietárias, Kamila Montovanelli, explicou que são falsos os boatos de que o fato ocorreu dentro do estabelecimento, e que em nenhum momento os afetados procuraram a direção do empreendimento.

“Não é verídico que sofremos qualquer tipo de arrastão aqui dentro. Ficamos sabendo disso por meio de amigos que ligaram e pelas redes sociais. Tivemos um prejuízo muito grande, porque as pessoas deixaram de vir até aqui por medo. Em momento algum alguém que disse que foi vítima nos procurou”, explicou a empresária.

No depoimento, Camila destacou que a polícia foi até o local e que o restaurante possui uma força de segurança interna para garantir o bem-estar dos clientes.

“Ainda não sabemos como lidar com essa situação, já que não ocorreu aqui dentro. A polícia veio até aqui e nós explicamos toda a situação. Temos segurança interna para garantir o bem-estar dos nossos clientes. Portanto, não é verdadeira a informação de que o fato ocorreu aqui dentro. Desde já, agradeço a compreensão de todos e afirmamos que estamos à disposição”, finalizou.

Nesta segunda-feira (27), depois de toda a repercussão, a Secretaria de Justiça e Segurança Pública (Sejusp) emitiu uma nota esclarecendo o ocorrido.

De acordo com o órgão, uma guarnição da Polícia Militar se dirigiu até o local e, ao conversar com algumas pessoas, disseram não ter testemunhado nenhum arrastão ou roubo nas proximidades.

 

O Governo do Estado por meio da Secretaria de Justiça e Segurança Pública, em decorrência a um suposto arrastão ocorrido neste domingo, 26, na Estrada do Amapá, vem a público esclarecer que:

1. Até o momento houve um registro de roubo via Ciosp (190), em que a suposta vítima, além de não se identificar, só informou que havia sido vítima sem dar maiores detalhes. Ao ser questionada sobre a localização da ocorrência, encerrou a ligação sem informar o local onde supostamente teria sido roubada.

2. Em seguida, a esposa do jornalista Rogério Wenceslau (e pré-candidato a prefeito de Rio Branco), que usou suas redes sociais para gravar um vídeo que narra o suposto arrastão, do qual também teria sido vítima, registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Flagrantes (Defla), onde confirma que o marido e outras pessoas foram vítimas de um arrastão.

3. Diante desses registros, uma guarnição da Polícia Militar se dirigiu até o local e que, ao conversar com algumas pessoas, disseram não ter testemunhado nenhum arrastão ou roubo. No restaurante, os funcionários nada souberam informar e disseram que tomaram conhecimento através das redes sociais.

4. A guarnição conversou com a proprietária do estabelecimento citado pelo denunciante, e ela mesma disse ter ficado surpresa, que só ficou sabendo do ocorrido ao receber ligações de pessoas perguntando se ela estava bem e afirmou que o local dispõe de seguranças particulares que também não perceberam quaisquer movimentações de um suposto arrastão. Os vizinhos do estabelecimento também foram ouvidos e não souberam informar sobre o fato.

5. Causa estranheza que tal ocorrência tenha apenas uma vítima e que esta sequer chegou a ligar para o número 190. Não houve registro formal do fato por outras pessoas, nem como vítima nem como testemunha.

6. A Sejusp solicitará um delegado da Polícia Civil para apurar os fatos, bem como empreender todos os esforços possíveis para dar uma resposta às vítimas e à sociedade. Vale ressaltar que para uma ocorrência ser caracterizada como arrastão, é comum as vítimas registrarem o ocorrido, o que não aconteceu. Em casos desta natureza, o Ciosp deveria receber inúmeras ligações, o que não ocorreu.

Paulo Cézar Santos
Secretário de Estado de Justiça e Segurança Pública

 

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