
Considerado o maior grupo indígena em isolamento voluntário do planeta, os Mashco Piro enfrentam uma escalada de ameaças na floresta que separa o Peru do Brasil. Pressionados por madeireiros, narcotraficantes e pelos efeitos da crise climática, eles têm sido avistados com mais frequência no lado brasileiro da fronteira, numa tentativa desesperada de escapar da violência e da devastação em seus territórios de origem.
Relatos recentes de aparições e deslocamentos registrados pelo GLOBO indicam uma situação de extrema vulnerabilidade desses povos, não só do lado peruano, mas também do brasileiro, na Terra Indígena Mamoadate, no Acre. Secas prolongadas, incêndios florestais e alterações no regime dos rios reduzem a oferta de alimentos, isolam comunidades e desestabilizam o ciclo migratório tradicional. Para piorar, a região sofre sem mecanismos efetivos de cooperação entre os governos, onde a ausência de políticas binacionais específicas compromete não apenas a segurança dos Mashco Piro, mas também sua própria existência como sociedade autônoma, como se fora “terra de ninguém”.
No final dos anos 1990, Beatriz Huertas, então uma jovem antropóloga, viajou para o interior da Amazônia peruana para investigar relatos sobre povos indígenas isolados. Ao longo do rio Piedras, moradores de Monte Salvado, uma aldeia indígena Yine, descreveram como todos os verões os “aislados” – aqueles que evitam contato sustentado com pessoas de fora – apareciam do outro lado do rio.
— Eles me disseram que, a cada verão, os ‘aislados’ apareciam do outro lado do rio. Eles vinham até as plantações e levavam bananas — lembra.
Beatriz seguiu o rastro ao norte, até o rio Tahuamanu, onde pescadores também relataram avistamentos. Ao cruzar para o estado do Acre, no Brasil, ela reuniu mais evidências – pegadas, ferramentas e testemunhos locais. Suas descobertas, reunidas em um relatório de 2001 para a Federação Nativa do Rio Madre de Dios e Afluentes (Fenamad), recomendavam a proteção de 2 milhões de hectares para os Mashco Piro, um povo de grande mobilidade.
Desde o relatório de Beatriz, o Peru aprovou a proteção de 800 mil hectares, delimitados por uma linha reta de norte a sul. No entanto, do outro lado, 38 concessões madeireiras foram outorgadas nos dois anos seguintes, cobrindo 694.584 hectares – incluindo áreas utilizadas pelos Mashco Piro. A convivência forçada resultou em um conflito prolongado nas selvas de Madre de Dios.
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Em 2006, o Peru aprovou uma lei de proteção para povos isolados e de contato recente, criando seis reservas indígenas com status legal mais forte do que as antigas “reservas territoriais” – incluindo Madre de Dios, segundo Carlos Soria, advogado ambiental e ex-chefe de áreas protegidas. Em 2016, a reserva de Madre de Dios foi ampliada em 240.471 hectares, pois muitos nômades Mashco Piro viviam em áreas de concessão madeireira. Ainda assim, mais de 176 mil hectares continuam sob concessões, o que mantém o problema.
Uma investigação do Ojo Público, com base em dados do Ministério da Cultura, identificou 81 ocorrências envolvendo os Mashco Piro nas proximidades da reserva entre 2016 e 2024 – 19 delas na área ampliada; quatro envolveram violência.
Isrrail Aquise, coordenador da defesa dos povos isolados da Fenamad, afirma ao GLOBO que a violência mudou o comportamento das comunidades.
— As mulheres não estão aparecendo, e os anciãos e crianças que antes vinham também não estão. Só vemos homens e meninos com força física nas praias. Estão protegendo os membros mais vulneráveis, provavelmente por causa dos confrontos com madeireiros, sejam legais ou ilegais.
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Lucas Manchineri, presidente de uma associação indígena local, afirma que a crise climática – com chuvas e secas mais extremas – também interfere nos ciclos sazonais. Igarapés secam antes do tempo, forçando os Mashco Piro a descer os rios, aproximando-se das aldeias da TI Mamoadate. Na aldeia Extrema, no final de 2024, um grupo invadiu malocas e levou roupas e utensílios domésticos, além de comida.
— Onde não há proteção da terra, há garimpeiros, narcotraficantes, madeireiros, pescadores e caçadores ilegais – e essas pessoas estão empurrando os Mashco Piro para mais perto da nossa comunidade —, diz ele. — Estamos lutando para proteger nossos parentes isolados, mas para isso precisamos proteger nosso território.

Monitor mostra sinais da invasão dos povos isolados em residência na aldeia Mamoadate
Para evitar confrontos catastróficos, o Ministério da Cultura do Peru mantém 19 postos de controle em todo o país, cobrindo oito reservas indígenas e territoriais. A maioria dos funcionários é da região, como Romel Ponciano, um homem Yine de Monte Salvado. Mas, segundo ele, o governo “segue cortando o orçamento. Cada posto precisa de seis funcionários porque isso aqui não é um zoológico; é uma reserva territorial com povos isolados. Muitas vezes temos apenas dois em serviço – ou nenhum.”
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Ponciano diz que a população Mashco Piro está crescendo, tornando mais urgente a presença do Estado. O número exato é desconhecido, mas especialistas concordam que é de milhares.
— Vi o número deles crescer nos últimos anos. Aumentou muito! Às vezes vemos 200 de uma vez — afirma.
A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (Cidh) concluiu que o Peru violou os direitos dos povos Mashco Piro, Yora e Amahuaca. Após anos de inação, o caso foi levado à Corte Interamericana de Direitos Humanos, que, em março de 2024, exigiu melhorias substanciais na proteção dos “aislados” em um caso semelhante no Equador.
Ainda assim, defensores de indústrias extrativistas frequentemente negam a existência dos povos isolados. Em 2007, o então presidente Alan García declarou: “Para impedir o petróleo, inventaram o índio isolado.” Recentemente, o grupo empresarial de desenvolvimento de Loreto lançou uma campanha negando a existência dos Mashco Piro autônomos, apesar das evidências visíveis – atividades nas margens dos rios e incidentes com trabalhadores madeireiros.
Flechadas em madeireiros

Madeireiros clandestinos constroem pontes e avançam sobre reserva dos Mashco Piro
Por duas décadas, a indústria madeireira operou contratos de 40 anos em territórios dos Mashco Piro. Agora, algumas autoridades defendem uma zona especial onde madeireiros e povos isolados coexistiriam oficialmente.
— Isso cria um precedente terrível que pode justificar a abertura de todos os territórios dos povos isolados à exploração madeireira — alerta Beatriz, atualmente consultora da Rainforest Foundation da Noruega.
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O conflito persiste mesmo com algumas empresas madeireiras de Madre de Dios consideradas entre as mais responsáveis do Peru. A região foi monitorada de perto após a construção da Rodovia Interoceânica (2005–2011), financiada pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Algumas empresas possuem certificados do Conselho de Manejo Florestal (FSC).
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Em março de 2025, Madre de Dios contava com cinco operações certificadas pelo FSC, cobrindo 573.680 hectares. Cerca da metade está sob controle da Maderera Rio Acre S.A.C., com duas concessões que somam 93.470 hectares e sobrepõem-se à área proposta de ampliação da reserva.
Apesar das certificações, os episódios de violência continuam. A empresa Canales Tahuamanu, com 52.869 hectares, teve seu certificado suspenso após um confronto em que flechas dos Mashco Piro mataram dois madeireiros, e outros dois desapareceram.
— Não sabemos quantos isolados morreram nesses conflitos, mas acreditamos que alguns morreram, porque, nesse tipo de confronto, não são apenas os madeireiros que morrem — afirma Julio Cusurichi, líder indígena de Madre de Dios.
Carla Cárdenas, advogada ambiental equatoriana e integrante veterana do FSC, afirma que as regras de certificação são falhas, pois não mencionam os povos isolados. O FSC exige consultas locais sobre os planos de manejo, o que é impossível com grupos não contatados.
Carla redigiu uma moção para proibir a certificação “no caso de qualquer indício da presença de povos indígenas em isolamento voluntário”. Segundo ela, o texto será votado na assembleia de outubro no Panamá, mas não sabe se conseguirá apoio das empresas-membro.
— Elas vão sentir que há menos território para continuar operando sob o sistema FSC —, diz. — O FSC precisa mostrar que essas empresas respeitam os direitos humanos. O GLOBO procurou representantes do FSC para comentar, mas não obteve retorno.
Autoridades locais frequentemente apoiam a extração de madeira. Em uma reunião de dezembro de 2024, o prefeito de Tahuamanu, Rubén Darío, membro do comitê de categorização de terras, pediu um novo estudo para verificar se os Mashco Piro realmente precisam da terra, citando o valor econômico da madeira para o município. Seu gabinete enviou um relatório ao Ministério da Cultura questionando a validade do estudo de 2016 que recomendou a expansão da reserva. Não há indicação de que o Ministério tenha respondido.
Um especialista do governo peruano, sob anonimato, afirma: — As evidências dos últimos anos (da presença de isolados) vão todas além da área de ampliação da reserva territorial Madre de Dios. Se for feito um novo estudo, objetivo, tenho certeza absoluta de que a reserva será ampliada ainda mais.
Aparição rara do grupo indígena Mashco Piro
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Extração de madeira, narcotráfico e crise climática ameaçam indígenas nas fronteiras da Amazônia.
Por ora, nenhuma decisão foi tomada. Enquanto o comitê não se reunir, a extração de madeira no território Mashco Piro continuará. Nenhuma outra decisão sobre reservas pode ser tomada – inclusive a criação da reserva Yavari-Mirim, na fronteira norte do Peru com o Brasil, cuja inércia sobre decisões virou uma novela na região. O Ministério da Cultura não quis comentar.
Organizações indígenas do nordeste peruano processaram com sucesso o governo regional de Loreto, obrigando-o a revogar 72 concessões em áreas destinadas a comunidades isoladas. Beatriz teme que, se operações madeireiras legais forem permitidas nesses territórios, tais ações judiciais deixem de ter efeito, expondo os povos isolados a invasões em milhões de hectares.
Em uma reunião em dezembro, Carmén Inés Vegas Guerrero, vice-ministra da Agricultura do Peru, argumentou que “sem as concessões, haveria mais mortes” devido ao caos e ao narcotráfico que, segundo ela, surgiriam na ausência dos madeireiros legais. Seu gabinete não respondeu aos pedidos de entrevistas.
Pressão de ambos os lados
A extração de madeira não é apenas um problema peruano. Maria Luiza Pinheiro Ochoa, assessora do programa de políticas públicas e articulação regional da Comissão Pró-Indígenas do Acre (CPI-Acre),, destaca a ameaça madeireira do lado peruano, mas diz que a pressão vem dos dois lados.
— A construção de estradas no lado brasileiro é um fator que realmente nos preocupa —, diz.
O governo do Acre planeja uma estrada entre Santa Rosa do Purus e Manoel Urbano. O Ministério Público Federal (MPF) apoiou grupos indígenas e ambientalistas que tentam barrar a rodovia, mas a maioria dos políticos estaduais é favorável. Sem intervenção, o território dos Mashco Piro pode ser rápida e irreversivelmente fragmentado.
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A única estrada entre os dois países, construída entre 2005 e 2011, trouxe uma devastadora indústria de mineração de ouro, concessões florestais permanentes e ramais que cortam a floresta.
Julio Cusurichi, agora liderando os esforços da Associação Interétnica para o Desenvolvimento da Selva Peruana (Aidesep) para proteger os isolados, critica ambos os governos:
— Com o governo peruano, estamos passando por uma situação muito difícil. Em vez de proteger vidas, a vida dessas pessoas, eles atendem a interesses extrativistas como petróleo, madeira e rodovias.
Sobre o Brasil, ele diz: — Achávamos que com o novo líder brasileiro [Luiz Inácio Lula da Silva] as coisas iriam melhorar, mas as reuniões com organizações indígenas mostram que tudo não passa de discurso.
Ao GLOBO, o Ministério dos Povos Indígenas (MPI) afirmou que “segue em diálogo com o Ministério da Cultura do Peru para a construção de um acordo bilateral de proteção aos povos isolados da fronteira e que estão na fase de estruturação do memorando de colaboração”.
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“Nós não queremos contato. Vocês são maus”
Em 21 de janeiro, o governo brasileiro deu o primeiro passo para criar o Território Indígena Mashco do Rio Chandless e publicou uma portaria de restrição de uso na área localizada nos municípios de Santa Rosa do Purus, Manoel Urbano e Sena Madureira, no Acre, com 538.338 hectares .
Ainda assim, Marco Aurélio Milken Tosta, chefe da Coordenação-Geral de Povos Indígenas Isolados e de Recente Contato da Funai (CGIIRC), afirma que é necessária uma cooperação binacional. Peru e Brasil assinaram um acordo em 2014 e já trabalharam bem juntos, mas o pacto de dois anos nunca foi renovado. — Precisamos de um novo acordo, pois os povos isolados não têm fronteiras — afirma.
Com a cooperação oficial ausente, organizações indígenas criaram uma comissão binacional e defendem dois imensos “corredores territoriais” para os povos isolados, somando 25 milhões de hectares.
Voluntários do povo Manchineri, no Acre, que falam uma língua próxima à dos Mashco Piro e os chamam de “parentes desconfiados”, monitoram os Mashco Piro para garantir que ninguém se aproxime demais. Recentemente, observaram mudanças no comportamento.
— Eles vão aparecer em breve, em maior número e provavelmente antes do verão – o que é uma dinâmica incomum —, afirma Manchineri, que completa:
— É preciso que o Estado esteja presente agora naquela região. Os parentes estão com medo tanto de conflito quanto de uma contaminação, já que o contato pode ser iminente como estamos prevendo. É preciso segurança, unidade de saúde de qualidade e técnicos especializados caso ocorra um contato inesperado — finaliza.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) afirmou que “realiza um trabalho contínuo de monitoramento dos Mascho Piro, na Terra Indígena Mamoadate”.
Do lado peruano, agentes como Ponciano às vezes gritam dos barcos – o que não configura contato – através do rio com os Mashco Piro, que falam uma língua parecida. Às vezes, se aproximam mais. Ponciano diz que os Mashco Piro simplesmente não compreendem o desmatamento. “‘Por que eles derrubam as árvores grandes?’, me perguntaram. — Eu não consegui explicar —conta. — Para eles, as árvores são como monumentos. Eles não querem que as cortemos.
Ponciano perguntou se queriam fazer contato.
— Eles sempre me responderam a mesma coisa: ‘Não, porque vocês são maus’’ conta. — Quando eu digo que não sou mau, eles dizem: ‘Sim, você não é mau. Mas os outros são’.
ENTENDA
O que são “povos isolados”?
Povos isolados, também chamados de “povos em isolamento voluntário”, são aqueles que não mantêm interações pacíficas e contínuas com a sociedade “moderna” ao seu redor. Eles têm conhecimento do mundo exterior e escolhem não fazer parte dele.
O que constitui contato?
Considera-se que um povo está “contatado” quando mantém relações diretas e contínuas com pessoas da sociedade envolvente. Encontros acidentais e confrontos violentos não são considerados contato.
Onde estão seus territórios?
A grande maioria dos povos isolados vive na bacia amazônica, geralmente em regiões de cabeceiras de rios, longe dos grandes rios navegáveis. Também existem povos isolados nas florestas secas do Gran Chaco, na Bolívia e no Paraguai, na Ilha North Sentinel, na Baía de Bengala, e na região oeste da Nova Guiné.
Por que a ideia de povos isolados é controversa?
Existem várias objeções à proteção dos povos isolados: eles são privados dos benefícios da medicina moderna e de conveniências; não têm acesso a ideias religiosas; necessitam de vastas áreas de terra que poderiam ser destinadas a outros usos; e, por fim, o “contato controlado” poderia tornar essas populações mais seguras diante de inimigos, já que as autoridades públicas poderiam protegê-las melhor se não estivessem dispersas na floresta.
Os defensores dos povos isolados rebatem esses argumentos: esses povos vivem há gerações obtendo tudo o que precisam de seu ambiente natural; a saúde das populações após o contato invariavelmente se deteriora, muitas vezes levando à morte; a evangelização frequentemente divide comunidades e enfraquece suas culturas e espiritualidades; mesmo após o contato, os povos indígenas têm direito à totalidade de seus territórios tradicionais, conforme previsto por normas nacionais (como as do Brasil) e internacionais. E, por fim, nenhum governo demonstrou capacidade de oferecer a proteção e os serviços de que os povos recentemente contatados precisam para prosperar.
Reportagem foi produzida em conjunto com o jornal britânico The Guardian



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