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Cena forte nas ruas da capital

A imigração de venezuelanos para outros países da América do Sul aumenta consideravelmente todos os anos. A crise política na Venezuela, estopim de outras que atingem o país, fez com que muitos nativos abandonassem família, emprego e “sonhos”, deixados para trás por razões óbvias. A sobrevivência é a principal delas.

No Acre, precisamente na capital acreana, o número de venezuelanos em busca de uma vida melhor, de uma oportunidade de trabalho, é grande. Alguns querem ir para outros Estados do Brasil, outros preferem ficar aqui mesmo, em Rio Branco.
A concentração de imigrantes acontecesse na maioria das vezes em semáforos. Famílias, e pessoas que tiveram que se afastar de seus entes queridos, pedem ajuda para se alimentar, para ter onde dormir e até mesmo para ter o que vestir.

No início da Avenida Antônio da Rocha Viana, tia e sobrinha com cartazes relatam em um português não tão compressível, suplicam a caridade dos motoristas que passam pelo local. “Pedimos dinheiro para comer, para conseguir sobreviver por mais um dia. Deixei filhos, netos e irmãos na Venezuela! Todos os dias peço a Deus que cuide deles! Desde que sai do meu país não tive mais contato com eles”, diz Eliana Zapata, de 58 anos, mas que aparenta bem mais por conta do sofrimento e das dificuldades que sempre viveu em sua terra natal.

Sua tia, Adela Merene, de 73 anos, comentou sobre as dificuldades enfrentadas até chegar à capital acreana. “ Já somos idosas, não temos mais a força que a juventude nos dá! Foi muito difícil chegar até aqui. Se não fossem amigos que também estavam atravessando a fronteira, não sei o que seria da gente! Temos fé que as coisas irão melhorar. Pedimos ajuda de todos vocês”.

Ainda não há controle sobre a entrada dos imigrantes no Brasil a partir do Acre.

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