Neste sábado (15), o acreano Vanderson, natural de Tarauacá e morador de São Paulo há quase uma década, relatou ter passado por uma situação de profundo constrangimento em um voo da Gol que seguia de Brasília para o Acre. Segundo ele, uma sequência de erros atribuída à companhia aérea terminou com a ordem para que deixasse a aeronave e com a ameaça de acionamento da Polícia Federal.

De acordo com seu relato, feito ao site Alerta Cidade, o problema começou ainda no portão de embarque. Embora tivesse recebido por e-mail a confirmação de sua reserva horas antes, Vanderson descobriu que o assento havia “caído” do sistema. Ele afirma que, somente após insistência, um funcionário conseguiu reativar a reserva via rádio e liberar seu acesso ao avião.

Já dentro da aeronave, o passageiro diz ter se deparado com um novo impasse: o assento 8F, registrado no check-in, estava ocupado. Vanderson explica que escolheu antecipadamente o local por oferecer mais espaço — algo importante para ele por conta de um problema na coluna — e também para acomodar seu cachorro, que viajava na cabine.

Uma comissária tentou solucionar a situação conversando com a passageira que ocupava o assento, mas, após consultar a controladora de voo, informou que ele deveria se deslocar para o 23F, na parte traseira da aeronave. Vanderson afirma ter questionado a mudança, lembrando que pagou por um assento dianteiro, mas ouviu que aquela era a única alternativa disponível.

A tensão aumentou quando outra funcionária, que aparece em vídeos gravados pelo passageiro, afirmou que chamaria a Polícia Federal caso ele não fosse imediatamente para o novo lugar. Em resposta, Vanderson declarou: “Me respeite senhora, eu não errei em nada, vocês me trocaram de lugar 4x e eu que sou o errado? Vou me dirigir até o assento 23F não por medo de seus abusos nem de polícia, pois não sou bandido, e sim por precisar chegar hoje em Rio Branco”.

Segundo ele, a ida para o assento no fundo do avião foi aceita apenas para evitar maiores transtornos aos demais passageiros. Mesmo assim, Vanderson afirma ter sido retirado da aeronave e diz que buscará reparação judicial.

O passageiro relata também que cinco malas despachadas não chegaram ao destino. No domingo (16), ele retornou duas vezes ao Aeroporto Internacional de Rio Branco, mas nenhuma bagagem havia sido entregue até então.

O episódio ocorre em meio a uma série de reclamações envolvendo voos da Gol no Acre. Nas últimas semanas, passageiros relataram atrasos, cancelamentos, mudanças de rota e até retornos inesperados a Brasília diante da impossibilidade de pouso em Rio Branco.

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