
A mais numerosa turma de Medicina já formada em instituição de nível superior do estado, com 70 médicos recém formados, composta pela maioria de acreanos (chegando a mais de 80%), recebeu a Carteira Profissional de Médico, em cerimônia realizada esta semana no auditório do Conselho Regional de Medicina (CRM/AC).
Numerosa, a 11ª Turma Dr. Marcos Pimenta/Uninorte tem a positividade em somar um contingente considerável de médicos formados com vivências e entendimento sobre a realidade local, tendo em vista a execução das práticas médicas nas estruturas de saúde do Estado, como Maternidade Bárbara Heliodora, Hospital de Urgência e Emergência de Rio Branco (Huerb), Fundação Hospitalar Governador Flaviano Melo (Fundhacre), Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), Hospital do Idoso, Hospital Oncológico e centros de saúde.
O Departamento de Ensino e Pesquisa da Secretaria Estadual de Saúde (Sesacre) comemora a formatura de novos médicos da Uninorte, por serem a maioria “filhos do estado”, que tiveram a experiência prática de todas as disciplinas do curso de medicina nas unidades de saúde do Estado, durante o período de formação, quando praticam os conhecimentos teóricos recebidos em salas de aula, conforme avalia Ivan Santana, chefe do departamento e diretor da recém criada Escola de Saúde Pública do Acre.
Santana acrescenta que os novos médicos habilitados e autorizados pelo CRM para o exercício da medicina conhecem a rotina das unidades de saúde do Acre, e são grandes as expectativas de que venham a exercer a medicina no Estado, o que representaria um grande ganho para a saúde e para a população.
“A Sesacre parabeniza os novos médicos e reitera seu compromisso com a educação continuada, para aprimorar a assistência à saúde no estado. Os que vierem a ser contratados pelo Estado serão convidados a participar do projeto que visa fortalecer a rede de saúde do SUS”, adiantou Santana.
Coordenação e membros da turma compartilham o sentimento de que a grandiosidade desta turma vai além do número de componentes, mas também por iniciar a jornada de formação em medicina no primeiro semestre de 2020, momento em que o mundo paralisava por causa da pandemia da covid-19. Nesse sentido, a catástrofe mundial em saúde pública não foi obstáculo e, sim, a primeira e mais visceral lição sobre o que significa a medicina, fornecendo, portanto, infinita formação científica e social para os então futuros médicos.
Esse número de novos profissionais no mercado é positivo para a saúde do estado, principalmente porque, dos 70 formados, 58 (83%) são acreanos. Os demais, 12 médicos, são provenientes de Rondônia (3), do Amazonas (2), do Pará (1), de Goiás (1), Mato Grosso (1), do Ceará (1), do Maranhão (1), do Espírito Santo (1) e do Paraná (1).
A coordenadora do curso de medicina da Uninorte, médica infectologista Rita Uchôa, reconhece se tratar da maior turma já iniciada no internato na história da instituição e a mais desafiadora, no sentido de encontrar campos de prática. Também uma turma que carrega a forte identidade por ser em sua grande maioria composta por acreanos.


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