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Em Xapuri, mulher dá à luz dentro do carro dos bombeiros: ‘Intenso e emocionante’

Uma gestante precisou da ajuda do Corpo de Bombeiros do Acre para ser levada ao Hospital Epaminondas Jácome, na cidade de Xapuri, interior do Acre. Enquanto os bombeiros faziam o trajeto, a bebê não quis esperar e nasceu no meio do caminho.

O g1 conversou com a soldado Helen Menezes que atendeu a ocorrência na última sexta-feira (3). Ela faz parte da guarnição de salvamento do 8º Batalhão e definiu o momento como inesquecível. O caso repercutiu esta semana.

Os pais moravam na zona rural e tinham ido para a cidade para ter a bebê. No momento do ocorrido, eles estavam hospedados em uma casa próximo ao batalhão. Porém, o local era de difícil acesso e pelo avançado estado de gestação, ela não conseguia ir sozinha.

“Nos deslocamos até o local onde a parturiente se encontrava para conduzi-la ao hospital. Quando chegamos na casa onde ela estava, perguntei se a bolsa já havia estourado e o marido disse que não. Ela não aguentava levantar, nem sentar. A levamos na maca até a viatura e ela foi deitada com a cabeça no colo do marido”, contou a soldado.

De acordo com os bombeiros, a casa ficava a apenas cinco minutos do hospital e o outro soldado que estava dirigindo tentava ir o mais rápido possível. O chamado foi feito por volta das 6h30 daquele dia, o que fez com que o trânsito ainda estivesse sem muita movimentação.

“Ela estava sofrendo com as dores e o marido tentava acalmá-la. Faltando poucos metros para chegar no hospital, o pai gritou que a criança estava nascendo. Quando olhei para trás, a circunferência da cabeça dela já estava sobressaindo, mas a mãe estava com um shortinho por baixo do vestido”, relembrou Helen.

Em frente ao hospital, o soldado Luand, que estava dirigindo, parou a ambulância e correu para chamar as enfermeiras enquanto a soldado Helen foi ajudar a gestante.

“A cabeça da criança já estava aparecendo. Vi que o cordão estava enrolado no pescoço do bebê e pedi para a mãe parar de fazer força por um instante para eu tirar. Foi muito rápido, questão de segundos. Logo os ombros da criança começaram a aparecer e, rapidamente, ela deslizou todo o corpo para fora e eu aparei [sic.]”, disse ela.

A soldado relatou que após o parto, em pouco tempo as enfermeiras apareceram, cortaram o cordão umbilical e levaram a criança e a mãe para dentro do hospital de emergência, onde também funciona a maternidade da cidade.

“Salvar vidas é muito gratificante e auxiliar na chegada de uma [criança] ao mundo é coisa de Deus. Essa era uma ocorrência que eu sempre quis realizar, na verdade, é uma ocorrência de natureza que a maioria das bombeiras desejam vivenciar”, comemorou.

Helen ainda comentou que não deu nem tempo de colocar as luvas e nem de registrar o momento do nascimento pois tudo aconteceu muito rápido.

“Estávamos em frente ao hospital, não deu tempo de entrar. A criança nasceu rápido e foi intenso, emocionante e sagrado”, assegurou ela.

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